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Alessandro quer que a CPI da Covid-19 dure “o tempo que for necessário”

O senador Alessandro Vieira (Cidadnia-SE) defendeu, nesta terça-feira, dia 14, que a CPI da Covid-19 dure “o tempo que for necessário” – e não, necessariamente, acabe em setembro como tem proposto o relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo o senador, entre as dificuldades encontradas, hoje, pelos membros da CPI para fechar os trabalhos estão a falta de acesso aos documentos e a necessidade de ouvir importantes depoimentos.

“Nosso prazo maior vai até o início de novembro. Essa CPI tem muita coisa pra fazer. Eu sei que o relator tem objetivos claros com relação a prazo. Mas é fundamental que a CPI execute essa missão crucial de cobrar das autoridades sua responsabilidade. É muito fácil jogar pedra. Mas tem hora que é preciso carregar a pedra”, disse Alessandro.

Segundo Alessandro, a CPI tem desafios marcantes e, talvez , o mais importante, do ponto de vista da estratégia da investigação, é não perder os caminhos. “Na apuração que fazemos aqui, das ações e omissões do Governo Federal, durante a pandemia, muito claramente esbarramos num esquema de grande lavagem de dinheiro, de drenagem de recursos públicos, de corrupção. Mas a CPI não conta com as ferramentas adequadas para dar andamento a uma investigação dessas até o final. O que ela pode fazer, e está fazendo, é colocar muita luz sobre uma realidade”, explicou.

O senador, que é delegado da Polícia Civil em Sergipe, afirmou que a CPI da Covid-19 não foi a única que recebeu os relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf), mostrando operações milionárias suspeitas, mas também as autoridades, como o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, a quem, observa o senador, cabe tomar providências.

“Tudo isso está sendo mapeado pela CPI para ser encaminhado aos órgãos competentes: empresas povoadas por laranjas, fantasmas, contas de passagem, todo o roteiro típico de uma grande esquema de lavagem. A corrupção não é de esquerda, nem de direita, é um comportamento humano que passa pela falta de atividade, na omissão dos órgãos de controle”.

A reação do senador ocorreu após inquirir o depoente do dia, o advogado e empresário Marcos Tolentino, que prestou depoimento à comissão, mas, amparado numa decisão do Supremo, esquivou-se a maior parte do tempo em responder. “Tolentino nega, mas ele é considerado pela cúpula da comissão o ‘sócio oculto’ do FIB Bank instituição que emitiu carta-fiança para a contratação, pela Precisa Medicamentos, para a compra de lote da vacina indiana Covaxin. O contrato da Precisa com o Ministério da Saúde para o fornecimento das vacinas acabou encerrado após denúncias de irregularidades”.

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