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“Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos”

Por Joedson Telles

Cresci ouvindo uma frase tida como lugar comum: “política, futebol e religião não se discute”. Evidente que em se tratando de pessoas civilizadas, que respeitam o juízo alheio e expõem os seus sem usar da violência verbal (chamemos assim) para tentar persuadir, a exceção da regra estará sempre justificada. Tudo na vida é equilíbrio. Entretanto, como o mundo é carente deste verbete, melhor manter viva a desgastada frase e não discutir mesmo.

Se discutir religião já é uma ponte que pode levar a um caminho complicado, impor conceitos nem pensar. Ainda que tenhamos convicção do erro alheio. A propósito, vejamos o que diz a Bíblia sobre o foco.

“Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais. Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o servo alheio? É para o seu senhor que ele está de pé ou cai. E ficará de pé, pois o Senhor é capaz de o sustentar”(Romanos 14:1-04).

Note-se que assumir essa postura ensinada pelo apóstolo Paulo de Tarso não quer dizer que o cristão deve aprovar uma vida fora de sintonia com a Bíblia como forma de acolher um fraco na fé. Muito menos, ao esbarrar num espírita, por exemplo, aceitar que a reencarnação é o caminho, que se deve partir para a caridade, “lapidar o carma” e tudo estará resolvido – nesta ou em “outras vidas”. Nada disso. Cristão que é cristão jamais abre mão de deixar evidente que Jesus morreu numa cruz para salvar o mundo, ressuscitou em seguida e ponto final. Bíblia.“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Atenção à gramática: o caminho e não um caminho. Só Jesus, sacou? Mas, como se lê em Romanos, “sem discutir assuntos controvertidos”.

Outra cena comum neste terreno minado é a antiga guerrinha evangélico x católico – por conta de Maria ou Nossa Senhora, respectivamente. Neste caso também, entendo que o cristão deve, delicadamente, apenas recorrer à Bíblia. Nem evangélico e nem católico: Bíblia. Repetir João 14:6, por exemplo, e, gentilmente, solicitar que o outro confirme sua tese na Bíblia. Há sequer o termo Nossa Senhora na Bíblia? A Bíblia ensina buscar Deus, a salvação mediante Maria? Evidente que seu valor é inquestionável. Mas o papel de mediador junto a Deus, o próprio Deus diz na Bíblia ser de Jesus ou de Maria, Nossa Senhora? Esta deve ser a colocação para reflexão, e não para discussão. A escolha é individual e precisa ser respeitada – até porque todos serão, em breve, julgados também individualmente.

O importante, amigos, é colocarmos a convicção, a fé no Cristo Jesus como único salvador sem discussão. Sem tentar colocar a outra pessoa na parede. Sem insistência – muito menos insulto. É ridículo sair por aí ofendendo Maria. Quebrando imagens. Querendo fechar terreiros de umbanda. Isso só espelha imaturidade teológica. Ao cristão cabe falar do amor de Jesus e viver isso na prática. Testemunho. Deixar claro que não existe outro caminho até Deus. Mas quem faz a obra é o Espírito Santo. Se o próprio Deus deu livre arbítrio ao homem, quem tem o direito de impor – ainda que seja a verdade em Jesus? Como disso o próprio: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

Deus no comando.

Modificado em 28/12/2014 08:28

joedson: