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“A quantidade exorbitante de partidos políticos virou bagunça”, diz Mendonça Prado

Mendonça: reflexão

Distante das urnas nas eleições municiais deste ano, mas antenado ao processo eleitoral, o ex-deputado federal Mendonça Prado (DEM) afirma em um artigo postado em seu blog que “a quantidade exorbitante de partidos políticos virou bagunça”. Segundo Mendonça Prado, a política brasileira carece de mudanças profundadas e o sistema em vigor e ultrapassado e explica o que o ex-parlamentar define como um “deus-nos-acuda”.

Argumenta Mendonça que o número descomedido de partidos sem nenhuma proposta para o país é um ponto a ser alterado. Para tanto, ressalva, se faz necessário aumentar a cláusula de barreira, objetivando a regulação do sistema de acordo com a vontade popular.

“Assim, se a soma dos votos de uma agremiação partidária, não alcançar no território nacional um determinado percentual, ela perderá definitivamente o registro da Justiça Eleitoral. Vale dizer que só aí suprimiríamos 90 % dos partidos políticos. Em minha avaliação o país não precisa ter mais do que cinco siglas partidárias ocupando os espaços de Poder. Até porque, quando essas estruturas não são programáticas, só servem para negociações infrutíferas, que muitas vezes não atendem aos princípios da moralidade”, diz.

Outro aspecto que deve ser examinado, de acordo com Mendonça Prado, é a forma como as coligações entre os partidos são feitas. Hoje, observa o ex-deputado, partidos liberais fazem alianças com partidos socialistas de base marxista e assim sucessivamente.

“Os perfis são tão antagônicos que é impossível instituir um modelo de gestão que não seja incongruente. O único interesse dos aliançados é alcançar o coeficiente eleitoral, independente da real importância que deve ter um partido para o processo democrático. Imagine o presidente da República, o governador ou o prefeito sentando à mesa para negociar com mais de trinta representantes dessas verdadeiras corporações. É evidente que surgem boas e más propostas, contudo, dificilmente será suscitado um debate com base em ideias auspiciosas”.

Segundo Mendonça, o chamado presidencialismo de coalizão que existe no Brasil é a síntese dessas distorções. Ele salienta que o chefe do Executivo não tem compromisso com uma base de duas ou três agremiações partidárias programáticas.

“Na realidade ele tem que acomodar dezenas de indicados que nem sempre possuem um currículo aceitável. E isso por si só já compromete a boa qualidade da administração. Será que existem mais de três dezenas de partidos programáticos no Brasil? Será que existem mais de três dezenas de ideologias? Se não existe, para que serve essa confusão de letras que não se identificam com nenhum conteúdo? Portanto, o primeiro passo é reduzir essa demasia extremamente prejudicial à democracia. Afinal de contas, precisamos de conteúdo, ou seja, de qualidade. A quantidade indefinida virou bagunça”, finaliza.

Do Universo, com informações do Blog de Mendonça Prado (http://blogdomendoncaprado.blogspot.com.br/)

Modificado em 22/06/2016 19:34

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