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A política não é terreno para desprovidos de inteligência. E até estúpidos sabem disso

PT e PMDB em campanha: aliança histórica

Por Joedson Telles

Sem surpresas, ao menos no terreno do bom senso, da sensatez, da inteligência, do respeito aos aliados, nesta terça-feira, dia 12, o PMDB Nacional recuou da ideia infeliz de barrar o apoio de Jackson Barreto e seguidores do PMDB de Sergipe ao projeto Edvaldo Nogueira/Eliane Aquino 2016 – leia-se PC do B/PT. Alguém persuadiu o PMDB Nacional do óbvio: é inteligente respeitar e não atrapalhar uma aliança política histórica que está dando certo em Sergipe.

A tese inicial de o PMDB não subir no mesmo palanque onde estiverem o PC do B e, sobretudo, o PT não tem razão em si em locais como Aracaju. Em estados como Sergipe. O argumento do PMDB Nacional que uma animosidade entre as legendas, por conta do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, impede a aliança é razoável, mas não pode ser radical.

Após trabalhar duro e “de outras formas”, o PMDB sentou na cadeira conquistada pela petista Dilma Rousseff nas urnas, mas quando o PT se esperneou falando em “golpe”, a legenda do presidente Michel Temer pediu para afastar o cálice.

Não há clima, de fato, para andarem de braços dados em Brasília e em outros locais. Em Sergipe, contudo, cato com uma lupa a animosidade entre o PMDB e os irmãos PT e PC do B. Ao contrário, harmonia é o verbete.

Começa pelo fato de, há anos, os partidos terem firmado uma aliança, vencido eleições e andado na mesma linha, longe de desavenças. Foi um gesto de Jackson Barreto, prontamente entendido pelo então prefeito de Aracaju, João Gama, hoje presidente do PMDB de Sergipe, por exemplo, que ajudou a abrir caminho para o petista Marcelo Déda chegar à Prefeitura de Aracaju, em 2000.

E, de lá para cá, a aliança vem sendo vitoriosa pleito após pleito. Foram mais três eleições vencidas pelo saudoso petista Marcelo Déda, uma pelo comunista Edvaldo Nogueira e, agora em 2014, o PMDB chegou ao Governo do Estado com Jackson Barreto. Detalhe: todos eleições vencidas no primeiro turno. Ou seja, um grupo harmônico e vitorioso não poderia mesmo ser colocado em xeque por problemas alheios.

Lembro, para teclar no ponto final, que o PMDB de Sergipe abriu mão de uma pré-candidatura própria à Prefeitura de Aracaju, com Zezinho Sobral, este ano, para apoiar a pré-candidatura da dupla PC do B e PT. Tolos caprichos importados a regarem presunções não poderiam, portanto, fustigar inteligências neste instante. Tampouco frustrar expectativas. A política não é terreno para desprovidos de inteligência. E até estúpidos sabem disso.

Modificado em 12/07/2016 20:13

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