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“A falta de acessibilidade é um afronte à cidadania”, diz Lucas Aribé

Na manhã desta quarta-feira, 12, o vereador Lucas Aribé (PSB) ocupou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) durante o Pequeno Expediente para falar sobre um episódio ocorrido no último sábado, 8, durante o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Um dos candidatos foi impedido de fazer a prova devido à falta de material necessário para a sua realização. Claudio Fraga, de 32 anos, é deficiente visual e solicitou que a prova fosse disponibilizada em letras ampliadas.

“O rapaz chegou no tempo correto para fazer a sua prova e apenas 40 minutos depois foi avisado que o material solicitado por ele no prazo determinado não estava disponível. Como ele tem baixa visão, as letras deveriam estar ampliadas e isso não aconteceu”, explicou Lucas. Ele reforçou que é por situações como essa que ele jamais deixará de defender a acessibilidade no Brasil. “Não deixo de falar e não deixarei. Vejo que com fatos como esse ocorrendo em 2014, ainda teremos muito o que falar sobre a falta de respeito às pessoas com deficiência. Foi lhe tirado o direito de cidadão”, completou.

Claudio Fraga deu um depoimento para o site G1 do Espiríto Santo que deixou de trabalhar para se dedicar aos estudos e pretendia cursar a faculdade de Medicina. “É mais do que um desrespeito, é um absurdo completo. Ainda foi oferecida a oportunidade de fazer em outro horário, diferente dos demais, na hora estabelecida para o exame dos adventistas, mas não era isso. A questão não é essa. É direito dele fazer no prazo estabelecido e nas condições devidas”, explicou.

Lucas ressaltou que esta situação não é algo esporádica ou isolada, acontece diariamente com as pessoas com deficiência. “Este caso foi mostrado pela imprensa, mas quantos não são? Acham que só acontece uma vez ou outra? Isso é o que ocorre diariamente com as pessoas com deficiência em nosso país. No caso deste cidadão, ele tinha conhecimento e mostrou que os seus direitos estavam sendo desrespeitados. Mas quantos voltam para a casa sem defesa? É por essas e outras que não canso de falar sobre acessibilidade e pedir respeito às pessoas com deficiência. A pessoa estuda e se prepara para fazer a prova em condições iguais e esse direito não é respeitado”, disse Lucas, que ainda completou. “Nas eleições, cadeirantes foram impedidos de votar porque nas escolas em que estavam as suas zonas eleitorais, não havia uma rampa. A falta de acessibilidade é um afronte à cidadania”.

O parlamentar pediu o apoio dos pares para que essa luta seja fortalecida. “Não devo lutar sozinho, essa luta precisa de união, é para dar às pessoas a igualdade de oportunidade. Sempre serei um defensor da acessibilidade, mas preciso e quero o apoio dos senhores para que essas pessoas sejam respeitadas como cidadãos”, enfatizou.

Enviado pela assessoria

Modificado em 12/11/2014 18:51

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