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A depressão tem que ser sepultada com o ano 2015. Sergipe precisa dos seus deputados

Assembleia: ano para esquecer

Por Joedson Telles

Na próxima semana, os deputados estaduais encerram o ano de 2015, na Assembleia Legislativa. Entram no chamado recesso parlamentar. Para o bem de Sergipe, e deles mesmos, como políticos submetidos às urnas pelo menos a cada quatro anos, óbvio, é imperioso que o vinho e o queijo do Natal, o descanso e as viagens dos dias que seguem até o retorno ao trabalho sirvam para uma reflexão sobre a linha de atuação em 2016. O ano que está a se despedir, definitivamente, não foi dos melhores. E nada como o calor da família para renovar as energias.

O fantasma das investigações sobre o uso das verbas de subvenção social, visivelmente, atrapalhou o trabalho parlamentar. Em certos casos, contaminou até quem não tem nada a ver com as denúncias. O parlamento não anda no individualismo. E, assim, não houve os grandes debates imprescindíveis à vida do Poder Legislativo. À saúde, no sentido amplo da palavra, de Sergipe. Com exceção de algumas críticas isoladas ao Governo do Estado, grande parte dos deputados sequer concedeu entrevistas. Nunca se atestou tanto receio, timidez, ausência em uma Casa acalorada em seu DNA e que pulsa no colegiado.

A depressão de certos deputados precisa ser sepultada com o ano 2015. É certo que deputados fisgados pelo Ministério Público Federal, via Tribunal Regional Eleitoral, terão que focar suas defesas. É humano tentar salvar a própria pele antes de partir para colocar em prática a empatia – sobretudo quando se jura inocência na cruz. Entretanto, o preço de um deputado mesmo cassado continuar no exercício do mandato precisa ser a prestação de serviços à sociedade. É tirar energia de onde não tem. O estado precisa muito dos seus deputados – principalmente neste momento.

Sergipe está de cabeça para baixo. Não há novidade neste terreno. A impressão é que não há gestão mesmo. E o Poder Legislativo tem papel imprescindível – mesmo limitado por ter a maioria dando sustentação ao Governo do Estado – de fiscalizar os passos do Poder Executivo, cobrando ações que contemplem o coletivo. Sergipe não suporta mais um ano mergulhado num desgoverno sem precedentes e o Poder Legislativo se permitindo ao luxo de apenas assistir ao filme de terror. Os poucos deputados que têm se levantado contra a mazela, nos quais a carapuça não cabe, óbvio, precisam do robusteço de pares importantes dispostos a travar o bom combate.

Modificado em 10/12/2015 07:50

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