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A Copa. O Gol e o Brasileiro Contra

Por Will Rodrigues

A Copa do Mundo é uma realidade totalmente palpável. A contragosto de muitos brasileiros, a bola rolou no Itaquerão e vai continuar rolando por todo Brasil pelos próximos 30 dias. No jogo de abertura, a seleção Brasileira balançou a rede quatro vezes, entretanto, em uma delas foi na nossa rede que a bola entrou. Contudo, quem pensa que o gol de Marcelo foi a maior atitude contrária do Brasil está muito enganado. Os atos de vandalismo – disfarçados de manifestações contra a copa – foram, sem dúvida, o maior ato contrário que os brasileiros praticaram nesse 12 de Junho de 2014.

Toda a rebeldia que dominava as ruas de várias cidades espalhadas pelo país, transformando-as em verdadeiros campos de batalhas, enquanto a cantora Claúdia Leite, aos olhos da imprensa internacional, salvava a cerimônia de abertura, nada mais é do que um ataque dos brasileiros contra a própria Nação. Pensar que destruir o patrimônio público – construído com os altos impostos que pagamos dia após dia – seria suficiente para barrar a realização do evento ou até mesmo transformar as políticas públicas do Braisl é, no mínino, assinar um atestado de insanidade.

Aqueles que vão às ruas cheios de indignação para depedrar os prédios, complicar o trânsito e às vezes vitimar terceiros, esbravejando a sede de justiça com as próprias mãos, vestidos de uma pseudopreocupação com o bem estar social, ainda não se deram conta de que o lugar de gritar e se manifestar é dentro da cabine de votação, uma vez que, são os resultados das urnas que têm força para mudar o cenário político nacional.

Por outro lado, vale refletir que toda essa insatisfação do brasileiro – inclusive daqueles que perderam a voz de tanto torcer ontem – é fruto da falta de confiança do cidadão no nosso sistema político e em seus gestores. Posso afirmar com convicção que, se o Governo Brasileiro tivesse um resquício de credibilidade, estaríamos todos eufóricos, vibrando com a Copa, mobilizados para fazer deste o maior evento da história dos Mundiais, muito acima do tal “Padrão FIFA”.Aafinal, talento, garra e criatividade nós temos de sobra (inclusive, bem mais do que a tal diretora artística belga responsável pela cerimônia de abertura)

Tal qual, em 1950, quando os jornais estampavam na primeira página relatos como este da edição de 24 de Junho do jornal O Globo . “A cidade vive, hoje, um grande dia com a abertura do campeonato do mundo, o primeiro que se realiza no Brasil. Jamais um acontecimento esportivo, nem mesmo o certame de 38, conseguiu despertar, seja na cidade, seja em todo o território nacional, um interesse tão profundo, tão absorvente, que se irradiasse através de todas as classes sociais.”

Como diz aquele ditado, “Nós precisamos ser a mudança que queremos ver”. Precisamos nos comprometer com a transformação do Brasil, e isso passa pelas nossas decisões nas próximas eleições, mas, também pelas decisões que tomamos diariamente quando escolhemos se vamos trabalhar para o desenvolvimento da nação ou se vamos continuar quebrando o que o nosso próprio dinheiro constrói.

Por fim, compartilho o pensamento da jornalista Amanda Neuman, externado em uma rede social. “A única coisa que muda um país e a mentalidade de uma sociedade é a EDUCAÇÃO… Um povo que estuda, reflete e pesa todas as escolhas que faz, pensa 50 vezes mais na hora de ir às urnas. Gritar um montão de coisa na rua é fácil demais. Gritar no estádio arrepia a galera. Reclamar do governo atual ou dos que se apresentam como candidatos é mais fácil ainda. Eu tô é guardando minha revolta pro dia 5 de outubro, ali naquele lugar em que só eu sei da minha escolha. Ah, lá eu vou me revoltar demais!”

 

Will Rodrigues é estudante de jornalismo e estagiário do portal F5 News

Modificado em 13/06/2014 15:36

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