“Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma”

Por Joedson Telles

Esta semana voltei ao cemitério Colina da Saudade. Um “sogro pai” de um amigo irmão nos deixou. Foi a primeira vez este ano. Mas, certamente, voltarei lá outras vezes antes das festas natalinas. Em 2014, estive lá bem mais que 2013. É macabro, mas é a vida. À medida que vamos avançando na idade – e nem todos têm este privilégio – mais pessoas conhecidas nos convidam a deixá-las no aeroporto para a grande viagem. Até o dia em que nos levam. A maior das rupturas chega para todos.

Antes de firmar a fé na Bíblia, a palavra de Deus, todas as vezes que me fazia presente a um cemitério era acossado por dúvidas que certamente povoam muitas cabeças em momentos como este – sobretudo quando se trata da morte de uma pessoa mais próxima.

Indagações como: por que morremos? Qual o destino do falecido? O que acontece com quem parte? Está consciente ou dorme? E se está consciente, tem sentimentos? Vê os vivos? Pode se comunicar – como no antigo filme Ghost – Do Outro Lado da Vida? Dúvidas e mais dúvidas surgem junto com a dor e a saudade.

Recorrer à religião só aumenta a dúvida. Para umas, se a pessoa fez o bem, automaticamente, está no céu. Do contrário, o “cão” a aguarda no fogo do inferno. Há também as que defendem que, ao morrer, a pessoa passa a habitar o mundo espiritual, juntando-se a familiares e pessoas conhecidas que viajaram, evidentemente, primeiro. Sem falar na tal reencarnação…

Na Bíblia, porém, a resposta é seca: morreu. Deixou de existir. O contrário de vida é morte. Esta passagem do livro de Eclesiastes ilustra o juízo. “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”, lê-se em Eclesiastes (9:5-10).

E se, segundo Salomão, devemos fazer tais coisas enquanto estamos vivos, pois morto é morto, não seria diferente no tocante à salvação. Devemos aceitar Jesus Cristo como salvador e viver a fé na Bíblia, hoje. Na morte, apenas descansamos enquanto Jesus não volta para o posterior julgamento da humanidade por Deus. Viver sem Jesus, apostando na mudança após a morte, no chamado mundo espiritual, é uma das armadilhas mais perigosas montadas pelo inimigo para desviar a pessoa da salvação. Infelizmente, satanás vem usando certas religiões para isso e muita gente embarca por desconhecimento da palavra de Deus, já que Jesus venceu a morte, ao ressuscitar e salvar o mundo.

“E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios. Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia. Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós” (2 Timóteo 1:10-14). Amém. Certamente, lembrarei destes textos bíblicos quando voltar ao cemitério.

Deus no comando.