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Valmir de Francisquinho: “Fecharam 36 matadouros e a culpa é minha?”

Por assessoria

Dando continuidade à série de entrevistas que vem concedendo pelo interior sergipano, o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), participou, nesta quinta-feira, dia 4, do programa Tropical Notícias, da rádio Tropical FM de Simão Dias, quando foi sabatinado pelo radialista e vereador Geraldo Macedo. Valmir fez um histórico de sua atuação na política itabaianense, garantiu que estará a disposição da população sergipana para 2022 e, como sempre tem feito, se colocou disponível para responder a qualquer pergunta. “Como dizia meu pai: ‘quem tem vergonha, não faz vergonha’. Não tenho nada a esconder na minha vida pública”, reforçou.

Dessa forma, o entrevistador questionou Valmir sobre recente polêmica, atribuída a seus aliados, de que a sua detenção, em 2018, teria sido perseguição política e resultou em vantagens para quem a executou. “Cada um tem o direito a ter sua opinião. E claro que eu sei de coisas que não devo falar. O que temos feito é, durante a instrução processual, demonstrar nossa inocência”, revela o ex-prefeito, revelando confiança nos órgãos de investigação e no próprio Judiciário. E Valmir prossegue lançando um questionamento amplo: “agora, veja bem, se eu não puder discordar das denúncias que me atingiram, aí seria uma ditadura. Ou então eu estaria assumindo a culpa de algo que não fiz. Discordar da acusação é desmerecer o trabalho da polícia, do MP ou da Justiça? Claro que não!”

Nesse ponto, Valmir de Francisquinho passou a detalhar sua vivência em relação ao episódio que, em novembro de 2018, culminou com a sua detenção, por 15 dias, solicitada ao poder Judiciário como forma de evitar que ele pudesse atrapalhar as investigações, então em curso, sobre denúncia de supostos desvios de recursos do Matadouro Municipal de Itabaiana – “denúncia essa feita por um adversário nosso, conhecido como Galeguinho da Roupa, aliado de Luciano Bispo. Na época de Luciano e Galeguinho, a prefeitura de Itabaiana chegou a ter 168 cheques sem fundo rodando na praça, o TCE tem isso registrado”, relembrou Valmir.

“Havia uma pressão muito grande para que os matadouros públicos fossem fechados. Naquele ano havia sido inaugurado o segundo frigorífico privado em Sergipe. Já havia um em Propriá e esse segundo foi construído em Itabaiana. E quando o matadouro de Itabaiana foi fechado, fomos a Justiça e conseguimos liminar para reabrir. Fui o primeiro prefeito a investir no local e o transformamos em um frigorífico de primeira. Aí foi que a pressão aumentou e passei a receber recados para fechar. E, se não fechasse, eu seria preso”, relatou o ex-prefeito, ressaltando que os recados eram velados, mas que pelo menos uma dessas ameaças foi feita publicamente. “Luciano (Bispo, à época já presidindo a Alese) disse numa rádio que a minha vice (Carminha Mendonça) poderia se preparar, pois eu seria preso e ela assumiria. Isso bem antes do ocorrido”.

Para Valmir, o que ocorreu à época e mesmo as ilações e as fake news que opositores, atualmente, dirigem a ele são de conhecimento da sociedade sergipana. Mas, na avaliação dele, alguns pontos devem ser analisados pela população de forma a evitar um julgamento antecipado e condenatório de sua atuação enquanto gestor durante todo o episódio em questão.

“Fecharam 36 matadouros públicos em Sergipe. Milhares de pessoas ficaram desempregadas. E tudo foi culpa de Valmir? O único matadouro reaberto, através de concessão pública legalmente realizada, foi o de Itabaiana, graças aos investimentos que foram feitos em nossa gestão”, observa.

Além desse ponto, o ex-prefeito de Itabaiana relembra mais um episódio ocorrido durante o período em que esteve afastado da prefeitura, entre novembro de 2018 e março de 2019. “O preço do abate de um boi era R$ 30. E havia recolhimento de recursos aos cofres públicos, como demonstramos na instrução processual. Hoje o valor de abate é, no mínimo, R$ 100. Levando em conta o custo do transporte do animal, isso tudo encarece a carne para o consumidor final, pois se não há abate nos municípios, temos aí um monopólio. E nada contra as empresas, pois elas devem ser incentivadas a gerar mais empregos. Mas se não se tratava, no caso de Itabaiana, de problemas sanitários, porque fechar? E mais um detalhe: se o problema era o desvio de recursos, que fosse punido, está correto. Mas o boi abatido custava R$ 30 na nossa gestão. E a vice, ao assumir, porque não reabriu o matadouro de Itabaiana? A filha dela, que estava procuradora do município à época, disse, em entrevista na TV Atalaia, que não interessava reabrir o matadouro se o valor por abate não fosse R$ 94. Então, como é isso? Com R$ 30 por boi tinha desvio, mas só reabririam se o valor passasse a ser R$ 94 por boi?”, finalizou Valmir de Francisquinho, reforçando que essa conta não fechava em 2018/2019 e segue não fechando na atualidade, com o abate custando pelo menos R$ 100 por animal.

 

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