Por Joedson Telles
Basta o vereador Valdir Santos abrir a boca para qualquer leigo em política perceber sua insatisfação (indignação?) com o fato de o deputado estadual Paulinho Filho ter assumido a presidência do PT do B de Sergipe, permutando o atrelamento ao Governo do Estado pela fiscalização azeitada às críticas oriundas da oposição.
“P” da vida, Valdir, claramente, só não deixa a legenda, hoje, seguindo os rumos do então presidente, Clóvis Silveira, e de outros insatisfeitos, temendo perder o mandato sob o castigo da Lei de Fidelidade Partidária. Mas não descarta arriscar a própria pele.
Salientando que é fundador da legenda em Sergipe, Valdir observou que não foi consultado, e lamentou a saída de Clóvis, que estava há 20 anos na legenda. O vereador ainda classificou como um ato deselegante o fato de o novo presidente afirmar que quem estiver filiado ao PT do B e tiver um cargo comissionado no Governo do Estado pode tratar de entregar – sob pena de ser expulso da legenda.
“Vou continuar com o mesmo posicionamento na Câmara. Se vou mudar de partido? Não sei. Vou aguardar os acontecimentos. Não mudo para não perder o mandato”, disse, salientando que haverá evasão, sim senhor.
Na verdade, o deputado Paulinho Filho, que teve habilidade para tomar o comando do PT do B, após saber que, mesmo estando no segundo mandato pelo partido, poderia não ter legenda para tentar a reeleição, espera, agora, coerência dos seus aliados.
Paulinho sempre respeitou a posição dos correligionários, mesmo ele estando na oposição e outros no governo. Nunca saiu atirando. Agora, com a legenda sob sua batuta, tem o direito legítimo (diria até a obrigação) de ditar as normas. Em tudo na vida cabe o bom senso. A política não pode ser exceção. É mais digno para quem estiver incomodado com os novos rumos do PT do B pegar o boné sem criar problemas. Vida que segue.