Segundo Valadares, houve um desrespeito aos usuários de doenças crônicas de rins, que foram desconsiderados e frustrados em seus direitos de terem um atendimento de qualidade pelo poder público.
“A sanha demagógica que se inspira numa ambição irrefreável, e sem limites, só trouxe desencanto e revolta, e a convicção de que alguém que age sob esse impulso atrás do governo poder a qualquer preço, para obter dividendos eleitorais, sem aquilatar para as consequências dos seus atos, nunca poderia ter chegado, aonde chegou, e exercer um cargo de governador. Seu ato irresponsável ficará para sempre gravado na memória dos sergipanos e brasileiros de todos os quadrantes”, escreve.
Na opinião do senador, o Governo do Estado não podia inaugurar, mas, através da montagem de um teatro de enganação, optou por inflar o seu ego, e dizer ao povo que a saúde pública é. “Com certeza uma prioridade falsa. O velho ditado popular de que ‘mentira tem pernas curtas’, atingiu-lhe em cheio e, inapelavelmente, a todo o seu fatídico governo”.
Essa incrível montagem, uma fraude explícita, para a qual não existe defesa nem explicação, diante do escândalo em que se transformou, prossegue Valadares, o governo que o sucedeu, até para dar uma resposta à sociedade, deveria ter tomado na primeira hora uma decisão de abrir sindicância para apurar as circunstâncias em que ocorreram os fatos, e, por precaução, afastar ou demitir possíveis implicados nessa trama criminosa. “Se não o fizer estará coonestando com a farsa, colocando panos quentes para esconder os malfeitos. Acabará terminando o novo governo, no mesmo instante em que está apenas no seu começo”, diz.
Valadares escreve ainda que não sabe como alguém que age de forma tão desprezível, sem o menor pudor ou pena dos que sofrem, afrontando um povo tão humilhado, que dá graças a Deus quando aparece qualquer iniciativa na área da saúde, ainda planeja ser vitorioso na política, ser exemplo para seus aliados como mote de campanha, e um espelho de virtude e retidão para os mais jovens.
“Triste despedida de um populista travestido de defensor dos mais pobres e oprimidos. Agora que ele renuncia pra se candidatar, pela fragilidade de suas ações, que essa renúncia seja recepcionada com altivez, pelo povo de Sergipe na hora do voto como uma renúncia para todo o sempre”.
Do Universo
Modificado em 11/04/2018 09:22