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Valadares manifesta apoio à mobilização das mulheres na luta por direitos

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB) foi à tribuna do Senado Federal, nesta quarta-feira, dia 8 de março, fazer a sua homenagem às mulheres pelo seu dia. Para o senador, apesar da luta pela cidadania e igualdade de oportunidades ser diária, é fundamental manter a mobilização. “É preciso chamar constantemente a atenção dos governos, da sociedade, para a ainda inaceitável situação de discriminação social e econômica, de violência e de ódio que atinge a população feminina mundial”, disse.

O senador acredita que a história de luta das mulheres é marcada pela determinação, mas que apesar dos muitos os avanços, grandes entraves e dificuldades persistem. “Ainda está distante de efetiva aplicação o inciso I da nossa Constituição Cidadã, segundo o qual homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. O dispositivo constitucional, creio, só não se tornou letra fria e morta pela firmeza e coragem das mulheres”, afirmou.

Segundo ele, o Parlamento brasileiro tem grande responsabilidade nesta batalha cotidiana pela equidade, ao mesmo tempo em que precisa levantar a voz a cada tentativa de retrocesso. “As mulheres estão cada vez mais dominando espaços. Dados da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostram que que as mulheres já representam mais de 49% do mercado de trabalho mundial, mas ainda têm pouca representatividade em cargos de liderança. No Brasil, somam 16% das posições de liderança, até acima da média global, mas ainda abaixo do que seria o ideal”, destacou.

Para o senador é preciso falar dos desafios do discriminador mercado de trabalho, onde mulheres ainda são submetidas, em regra, a jornadas mais longas, em ambiente de desigualdade salarial. “As mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana. De acordo com a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), apesar da inserção crescente no mercado, especialmente nas últimas décadas, as mulheres podem ganhar até 25% a menos do que os colegas homens em condições semelhantes”, apontou.

O senador também falou sobre o clima de inseguridade que acomete às mulheres. Ele destacou pesquisa do Instituto Datafolha, que mostrou que 85% das mulheres ainda se sentem inseguras no Brasil e com medo de serem estupradas. “Os números falam em um assassinato de mulher a cada hora e meia no Brasil. No ano passado, 503 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora no país. Isso representa 4,4 milhões de brasileiras. Um absurdo! O machismo, a misoginia, o feminicídio devem ser combatidos e punidos sem tréguas”, defendeu.

Valadares lembrou da contribuição do legislativo para conter essas estatísticas. “Muito graças ao atento desempenho das nossas parlamentares, associado à pressão legítima e urgente das mulheres brasileiras, já temos leis e instrumentos para conter esses dados alarmantes e inaceitáveis. Ontem mesmo, esse plenário aprovou projeto garantindo atendimento especializado pelo SUS às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual”, disse.

O senador encerrou parabenizando as mulheres do Brasil e do mundo. “Estão no caminho certo. Que ninguém se engane quanto a força e a determinação de vocês”, finalizou.

Modificado em 08/03/2017 19:28

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