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Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras relembra história do evento

Durante 40 anos, Laranjeiras é palco de um dos maiores encontros culturais do país. Para debater essa história e a importância deste encontro, pesquisadores de diversos estados do país estão reunidos no Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras, iniciado na manhã desta quinta-feira, 8, no campus local da Universidade Federal de Sergipe.

Durante a abertura, o prefeito José de Araújo Leite Neto, Juca de Bala foi representado pelo secretário municipal de Planejamento, Paulo Leite, que deu às boas-vindas aos participantes e leu uma mensagem do gestor municipal direcionada ao público e autoridades. “Há 42/40 anos, Laranjeiras teve a inspiração de propor ao mundo cultural um marco essencial que articulasse e integrasse as manifestações artísticas e folclóricas de seu povo. A sua história e a sua consolidação foi construída por homens e mulheres formidáveis, especialmente pelos mestres e brincantes dos grupos culturais de todos os lugares que aqui se apresentam. Portanto, este simpósio é a consciência do Encontro Cultural. É o momento de aproximação, de reflexão, de troca de ideias, comunicação e diálogo entre os acadêmicos, artistas, gestores culturais e a comunidade”, destacou a mensagem do prefeito.

“Este é o único encontro cultural que conheço que é realizado há 40 anos ininterruptamente”, relatou Osvaldo Trigueiro, professor doutor da Universidade Federal da Paraíba. Segundo ele, o encontro é tema de diversas pesquisas dentro e fora do país. “Na minha área, que é cultura popular e comunicação, achamos diversos estudos deste encontro. Os 40 anos deste evento teriam assunto para debate durante o ano inteiro”.

O professor da UFPB ainda destacou que, atualmente, não se pode mais pensar em cultura popular fora do campo midiático. “Ela é dinâmica e se renova. Se, na Idade Média, era a Igreja que tentava manipular a cultura popular, hoje nós temos a mídia que faz esse papel. No entanto, se prestarmos atenção os brincantes e todos aqueles que fazem este tipo de cultura também se apropriam da mídia. Surge um novo processo de cultura popular”.

Pesquisadora da UFS, Beatriz Góes Dantas lembrou que o encontro surgiu em uma conjuntura em que o folclore era valorizado. “Laranjeiras, cidade rica por conta da cana de açúcar, sempre teve uma cultura pulsante. À época, pela sua diversidade cultural, recebeu o nome de Athenas sergipana. Vi este encontro nascer, num momento em que o folclore era pulsante”, relembrou.

A também pesquisadora e presidente da Fundação Cultural da Cidade de Aracaju (Funcaju), Aglaé Fontes, destacou que o simpósio precisa ser cada vez mais fortalecido. “Precisamos aprimorar este debate para que Laranjeiras continue sendo berço da cultura popular deste país”, disse ao finalizar sua explanação sobre o lúdico do simpósio.

Há 11 anos, Maria do Espírito Santo participa do Encontro Cultural de Laranjeiras, mesmo tempo em que coordena do grupo das Taieras. “O encontro é um momento em que a cultura, além de ser apresentada, ela pode ser debatida. Por isso, nós valorizamos tanto esse momento”, disse.

Também participaram do debate os pesquisadores Luiz Fernando Soutelo (presidente do Conselho Estadual da Cultura); Jackson da Silva (folclorista); Severino Vicente (presidente da Comissão Nacional do Folclore) e José Fernando Silva (pesquisador pernambucano).

Abertura

Antes da primeira mesa do simpósio, aconteceu a abertura oficial do evento. “A universidade tem o prazer de sediar um debate tão importante como este. Dinamismo e diversidade têm que ser a resposta para intolerância. A diversidade cultural precisa ser respeitada”, destacou Gilson Ranbele, diretor do campus de Laranjeiras da UFS.

“Trouxemos os palestrantes que participam e conhecem com propriedade este evento para que possamos resgatar a sua história. Também percebemos a participação efetiva dos jovens estudantes, muitos desenvolvem pesquisas. Aqui, a cultura popular faz parte da sociedade”, reforçou Silvia Maia, coordenadora do evento e representante da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

A programação segue durante toda esta sexta-feira (9). Durante a manhã, será realizado o espaço de diálogo “Desafios e perspectivas na preservação da Cultura Popular”. À tarde, acontecerá a roda de mestres e a plenária final.

Realizado pela Secult, o Simpósio ainda conta com as parcerias da Secretaria Municipal de Cultura de Laranjeiras; Prefeitura Municipal de Laranjeiras; Universidade Federal de Sergipe; Núcleo de Pós-graduação de Geografia (NPGEO/UFS), Conselho Estadual de Cultura (CEC) e Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (IPHAN/SE). O evento é realizado com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Cultural e Artístico (FUNCART).

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