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Secretário de Saúde responde questionamentos da oposição na Alese

Por Luiz Sérgio Teles 

Dando prosseguimento à prestação de contas do 3º quadrimestre de 2018, o secretário de Estado de Saúde, Valberto de Oliveira Lima, compareceu à Assembleia Legislativa de Sergipe, nesta quinta-feira, dia 27, durante reunião da Comissão de Saúde. Após a explanação dos números, o secretário foi sabatinado pelo G4  – grupo de oposição formado pelos deputados estaduais Georgeo Passos (Cidadania), Rodrigo Valadares (PTB),  Samuel Carvalho (PPS) e pela deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) – sobre diversos assuntos relacionados à pasta.

Um dos temas mais questionados por eles foi a visita que realizaram ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), onde aprontaram melhorias, mas ainda detectaram várias deficiências que impossibilitam um melhor atendimento à população. O primeiro questionamento feito pela deputada Kitty Lima foi em relação à superlotação. Segundo o secretário, o G4 fez a visita em um período sazonal.

“A gente não vai conseguir manter a harmonia do pronto socorro num período como esse. Se a pessoa não quer ser atendido no município que reside, porque o hospital está fechado ou prefere ser atendido logo, não tem pra onde ir a não ser para o HUSE. Por isso que a gente implantou um atendimento na ala azul, que sabemos que é preciso fazer uma reforma na entrada para que o acolhimento aconteça e tenha um ambiente mais humanizado. Detectamos vários fatores na visita que fizemos que interferem no atendimento”, relatou o secretário.

Ainda segundo Valberto, uma das questões que vem sendo discutida desde que ele assumiu a secretaria é a falta de espaço do HUSE, sobretudo na área de quimioterapia. Ratificando as palavras do governador Belivaldo Chagas, o secretário disse que a ala não agrada a ninguém que a visite. “Diariamente, há uma média de 25 a 30 pacientes novos todos os meses. Chega um momento que fica difícil fazer uma gestão de uma área pequena com muita gente. A gente sabe que as reclamações procedem. Não tem como os pacientes oncológicos terem uma entrada exclusiva pelo fato de ter que criar uma nova equipe”, disse.

Do mesmo modo, o gestor assegurou que o espaço da pediatria no HUSE também é insuficiente para o número de crianças que chegam todos os dias. Porém, observou que existem áreas que estão sendo reformadas para ampliar a pediatria e a UTI também está em processo de conclusão. “Acredito que daqui pra frente as coisas terão mais agilidade”, disse.

Questionado pela oposição, Valberto comentou o episódio em que um cirurgião aparece com um fio de sutura se partindo durante um procedimento cirúrgico. Segundo ele, na hora que ele e sua equipe tiveram conhecimento do caso localizaram o lote de fios e não detectaram falhas.

“Eu sou cirurgião e tenho mais autoridade para definir um fio de sutura do que ele. Eu tenho 33 anos como cirurgião e sei detectar o que presta e o que não presta. Eu jamais iria ver um lote danificado e repassar. Minha equipe sabe que quando a gente vai a uma visita técnica com um engenheiro eu vou para dar o mapeamento assistencial porque ele não tem obrigação de ter essa visão que a gente tem. Eu não levei o caso à frente porque conversei com o Conselho Regional de Medicina e eles não sinalizaram que seria passível de uma intervenção ética. Mas como este problema chega exatamente na mão de um quando existem vários cirurgiões e ninguém reclamou?”, indagou.

O secretário também foi provocado pelo líder da oposição, deputado Georgeo Passos, se tinha intenção de disputar um mandato a prefeito do município de Propriá no próximo pleito. Valberto respondeu que ainda não conversou com o governador sobre o assunto, mas que por ter sido candidato na eleição passada e ter perdido por poucos votos, há um anseio do seu grupo para uma nova tentativa nas urnas. “Eu confesso que jamais tomaria uma decisão sem conversar com o governador. Então, está nas mãos dele. Vamos aguardar”, disse.

Modificado em 27/06/2019 17:55

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