body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

“Se deixarem, eu irei resolver”, afirma Belivaldo

Por Luiz Sérgio Teles

“Será que não dá para enxergar que melhorou a área da Segurança Pública, da Saúde? Na próxima quinta-feira, às 9 horas, lançaremos o Pacto Sergipano pela Educação, no Teatro Tobias Barreto. No Brasil, não tem um projeto como esse. O resultado da educação não se dá do dia para a noite. A gente também quer resolver a situação das rodovias estaduais. Foi eu que deixei elas chegarem na situação que se encontram? Estamos realizando a Operação Tapa Buraco. Eu preciso de R$ 400 milhões para construir 400 km de rodovias. O Governo Federal não tem linha de crédito para ajudar o estado. Estamos buscando caminhos outros. Cheguei, sim, para resolver e, se deixarem, eu irei resolver”, respondeu o governador Belivaldo Chagas (PSD), ao ser provocado sobre o slogan da sua campanha, pelo radialista Narcizo Machado, durante uma entrevista, na Fan FM, nesta terça-feira, dia 27.

O governador comentou também a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) que, por maioria, cassou a chapa Belivaldo/Eliane. Ele ressaltou que os membros que compõem o TRE/SE são pessoas de reputações ilibadas, mas são passíveis de cometer os mais diversos erros, e, por isso, não baixará a cabeça e recorrerá aos tribunais superiores.

“Eu fui eleito por cerca de 700 mil sergipanos para estar governador até 31 de dezembro de 2022. Eu não estou sendo cassado porque roubei ou matei. Eu estava no governo e tinha a obrigação de cumprir a legislação que dizia que, a partir de 02 de julho, eu não poderia fazer nada. Tudo que foi feito foi dentro do período permitido por lei. A alegação foi que, durante um evento do Governo do Estado, tinham correligionários e amigos. Era pra ter inimigos?”, indagou, salientando que concedeu ordens de serviços nos mais diversos municípios sergipanos independente da posição política do prefeito.

Belivaldo observou que muitas decisões que foram tomadas pelos Tribunais Regionais em todos Brasil, às vezes, são reformadas e, às vezes, são mantidas. “Eu estou com a minha consciência tranquila. Continuarei governando do mesmo jeito que comecei. Aliás, esse tipo de coisa me impulsiona e dá mais força para trabalhar. Entrego a situação a Deus e não vou mudar meu jeito. Não tenho apego a cargo e nem a poder”, frisou.

Deso

O governador ratificou que não tem nenhum interesse em privatizar a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Belivaldo assegura que se fosse essa a sua intenção já teria dado início ao processo, que seria longo e não poderia ser resolvido em seis meses. Porém, explicou que há estudos que mostram que muitas empresas de saneamento do país, inclusive a Deso, têm um gasto muito elevado de pessoal – e que estão sendo analisados outros caminhos para tornar a empresa mais eficaz.

“Podemos abrir para venda ações e caminhos no mercado de capital, sem que percamos o controle. Há um estudo pronto feito pela Fundação Getúlio Vargas, concluído em 2015, que ninguém botou para frente, que mostrou caminhos, e um deles é a venda de ações para o mercado de capital. Se tivesse acontecido isso talvez tivéssemos uma empresa mais moderna e ágil. Tivemos manifestação de interesse de seis empresas para realizar os estudos, com custo zero para o Estado, e depois a gente senta para ver o que pode fazer. O objetivo é melhorar a prestação de serviço para a população”, garantiu.

Finanças do Estado

Outro tema tratado pelo governador foi a situação financeira do Estado, que, segundo ele, dificulta conceder reajuste ao servidor público. Segundo ele, a situação atual não permite sequer uma reposição inflacionária. Belivaldo assegura ter apreço por todas as categorias, mas diz que está “abrindo o jogo”, governando de forma aberta e transparente.

“ A categoria da educação, por exemplo, pede que seja pago o reajuste do piso na ordem de 4,17%, que terá um impacto de R$ 5 milhões na folha. Agora mesmo, temos que resolver a questão dos reformados. Ontem cobrei, na Secretaria Geral do Governo, o Projeto de Lei e estou garantindo que, até sexta-feira, estará na Assembleia Legislativa para, de uma vez por todas, resolver essa pendência que existiu entre o Tribunal de Contas, que detectou um problema e tivemos que fazer um Termo de Ajustamento de Gestão. Esse pagamento irá gerar R$ 3,7 milhões de impacto na folha de aposentados. Eu tenho apreço por todas as categorias, tenha boa vontade, mas essa boa vontade se esgota quando eu tenho a responsabilidade de não fazer o que não posso cumprir”, afirmou.

O governador ainda disse que talvez precise encaminhar à Assembleia Legislativa, no final do mês de outubro, um Projeto de Lei para que os servidores tenham acesso ao 13º salário por meio de empréstimo no Banco do Estado de Sergipe (Banese), a exemplo de anos anteriores. “Talvez seja na ordem de 100% dos servidores. Estamos aguardando o que vai acontecer em Brasília em relação aos recursos. Eu não vou fazer compromisso agora se não tiver garantia que o dinheiro vai cair na conta”, frisou.

 

Universo Político: