“O policial vai ficar na dúvida, se prende ou não. Terá que raciocinar rápido para tomar essa decisão. Da forma que passou, o projeto pode ser questionado por qualquer um. Não é o simples fato de dizer que, se algemar ou não, o cidadão vai ficar calmo. Estava calmo, há uns oito anos, um cidadão foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Sergipe. O colocaram no fundo da viatura, e ele, mesmo algemado, conseguiu pegar a arma do policial e matá-lo. Ainda feriu um militar”, recordou.
Lembrando que já comandou uma equipe de policiamento ostensivo durante 28 anos, Samuel disse que, se ainda estivesse no posto, aconselharia sua tropa a deixar o bandido solto e não agir ostensivamente, sob pena do policial ser preso.
“Esse projeto é muito perverso em relação ao policiamento ostensivo. Eu iria escolher o meu trabalho, a manutenção da minha vida, o meu salário, na hora de atender uma ocorrência. Essa lei irá fragilizar muito a atividade do policiamento ostensivo , Na dúvida, o policial militar, o guarda municipal, o policial rodoviário federal vai pensar duas vezes antes de tomar uma atitude e quem vai perder com isso é a sociedade porque muitos bandidos vão ficar impunes”, lamentou.
Do Universo