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Reflexo da quarentena na vida das mulheres preocupa Maisa Mitidieri

Por Camilla Araújo

De acordo com relatório “Mulheres no centro da luta contra a crise Covid-19”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no fim de março, as mulheres são afetadas de forma mais intensa pela crise causada pelo Coronavírus. Apesar do índice de mortalidade ser maior entre os homens, as mulheres estão mais expostas aos riscos de contaminação e vulnerabilidade social como: violência doméstica, desemprego, difícil acesso a serviços de saúde e aumento de pobreza.

A deputada Maisa Mitidieri ressalta a necessidade de um olhar mais direcionado a essas mulheres. “Nós estamos, na maioria das vezes, na linha de frente de nossas famílias e isso faz com que em momentos como esses, a nossa exposição seja maior. Devemos assim trabalhar para minimizar tais impactos. Eu e toda a rede de apoio à mulher seguiremos atentos e trabalhando em prol dessas mulheres que se encontram em estado de vulnerabilidade”, diz.

“Diante desse cenário, protocolei a Indicação n° 180/2020 a ser encaminhada ao Governador do Estado de Sergipe, Belivaldo Chagas, e a Moção de Apelo nº 23/2020 ao Secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe (SSP), João Eloy, para que sejam intensificadas ações para aumentar a defesa da mulher e fortalecer o combate à violência doméstica, no contexto da pandemia do COVID-19”, destaca a deputada.

Com a pandemia do Covid-19, as mulheres têm se dividido entre diversas atividades e ficando cada vez mais sobrecarregadas. Outro dado que chama atenção é o aumento da taxa da violência doméstica. “Com o isolamento, os índices de violência e feminicídio têm aumentado no mundo e isso é muito preocupante, pois nem em um momento tão difícil como esse, nossas mulheres estão seguras. É importante reforçar a necessidade de denunciar e procurar ajuda”, afirma.

Para facilitar as denúncias, a Polícia Civil de Sergipe adotou algumas medidas, como explica Maisa. “Entendendo que há uma maior dificuldade de realização da denúncia em tempos de quarentena, onde a mulher passa a ficar exposta ao seu agressor durante todo o dia, a polícia civil inseriu no grupo de denúncia da delegacia virtual a agressão doméstica. Visando assim preservar a vida das vítimas. Mas, vale a pena ressaltar que os casos que envolvem feminicídio, tentativa de feminicídio e estupro ainda possuem a obrigatoriedade de registro presencial na unidade policial”, conclui.

Com essa medida, crimes como ameaça e difamação, por exemplo, podem ter o boletim de ocorrência registrado por meio da Delegacia Virtual (www.portalcidadao.ssp.se.gov.br/DelegaciaVirtual). Assim, o atendimento presencial, que funciona 24h por dia, está focado nos casos mais graves e que necessitam de Medida Protetiva de Urgência

Modificado em 23/04/2020 17:20

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