“Quem começa a falar sobre isso é para queimar”, diz Fábio Henrique sobre especular seu nome para o Senado

Prefeito promete eleger seu sucessor em Socorro, em 2016

Por Joedson Telles

“Qual o cidadão sergipano não gostaria de ser governador de Sergipe? Quem não queria ser senador? No Senado se trata das grandes questões nacionais. Mas não é hora de se tratar isso. O governador Jackson Barreto tem três meses de mandato, mas já estão tratando da sucessão dele. Eu não vou tirar o foco da minha vida, que é Nossa Senhora do Socorro. Eu nunca disse que sou candidato ao Senado. Nunca tratei com nenhuma liderança política sobre candidatura ao Senado”, voltou a externar o prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique de Carvalho (PDT), ao ser entrevistado na Ilha FM, pelo radialista Jailton Santana, na manhã desta quinta-feira 2. “Muitas vezes quem começa a falar sobre isso é para queimar.”

O prefeito de Socorro enfatizou não ser irresponsável para deixar de administrar o município, e lançar uma campanha açodada para o Senado – inclusive passando por cima da Lei Eleitoral, que proíbe campanha antecipada. “Quando chegar janeiro de 2017, quando eu não serei mais prefeito de Socorro, aí, sim, eu vou pensar. O povo me elegeu, eu ainda tenho um ano e nove meses de mandato. Eu estive em Brasília, e, ao invés de tratar de eleição de 2018, tratei de emendas porque os municípios estão quebrados. Eleição de 2018 tratarei a partir de 2017. Não estou preocupado com isso agora”, disse.

Eleição em Socorro

Provocado sobre a eleição de prefeito de Socorro, em 2016, Fábio Henrique afirmou que adversários políticos também tentam levá-lo para a disputa de forma açodada diariamente “por não terem muita coisa para fazer”. O prefeito, no entanto, mostra-se sereno, mas otimista quanto ao futuro do seu candidato, já que não tem mais direito à reeleição. “Nosso agrupamento vai ter candidato para disputar e ganhar. Eu não vou discutir isso agora porque minha preocupação é gestão. A preocupação é que Socorro não caia em mãos de pessoas que não estejam preparadas para gerir uma cidade como aquela. Pessoas que têm a mente pequena que queiram ir par ao município para destruir”, disse.

Fábio Henrique também comentou a especulação de o deputado estadual Padre Inaldo (PC do B) ter quase 30% das intenções de voto numa suposta disputa no município. “Se é verdade que o deputado Inaldo tem 28% das intenções de votos, ele está muito ruim porque neste momento só tem uma candidatura posta no município, e em 2007, quando Fábio Henrique transferiu o domicílio eleitoral para Socorro, meu amigo Adelson Barreto tinha 70% das intenções de voto e eu tinha 11%, e o grupo ganhou a eleição com 18 mil votos. Se, neste momento, ele só tem 28%, então 72% não votam nele. Há seis meses, o nosso agrupamento fez a deputada Sílvia a mais votada do município – e todos juntos contra nós tiveram nove mil votos”, lembrou.

Aracaju

Sobre Aracaju, Fábio Henrique lembrou que começou a vida política na capital, onde foi o vereador mais votado, e, recentemente, nas eleições 2014, sua esposa, a deputada estadual Silvia Fontes (PDT), obteve quase nove mil votos. “Estamos discutindo muito de forma objetiva com nossos amigos, com nossos aliados. Já discuti com Valadares Filho, Adelson Barreto, Edvaldo Nogueira, Rogério Carvalho. Não tenho nenhum problema em conversar com o prefeito João Alves. Esse é o momento de construir. Nós queremos participar da eleição de Aracaju. Ninguém imagine que vai colocar o PDT em pacote próprio. A votação que tivemos em Aracaju nos credencia a isso, ou a participar da candidatura ou da discussão”, pontuou.