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Projeto MusicArt apresenta novos horizontes aos alunos da Emef José Conrado de Araúj

A música possui o poder de transformar, sobretudo quando é levada para aqueles expostos a situações de vulnerabilidade social. Por isso, o projeto MusicArt, desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Conrado de Araújo, no bairro São Conrado, é tão importante. Ao promover o ensino de instrumentos musicais, ele proporciona aos alunos novas maneiras de enxergar o mundo, ampliando seus horizontes e oportunidades.

A iniciativa surgiu em 2012, em três escolas, e ,inicialmente, buscava formar músicos para a Orquestra Municipal. Com a extinção desta, apenas a Emef José Conrado de Araújo manteve as aulas de música. A continuidade se deve ao esforço do professor e orientador musical Fabiano Bispo. “Mediante autorização da diretoria, eu decidi continuar com o projeto aqui na escola. Então, trouxe instrumentos próprios e dei início às aulas”, lembra.

Desde então, o multi-instrumentista com 20 anos de experiência passou a recrutar os alunos interessados. Não há prova de admissão, as vagas variam de acordo com o número de instrumentos disponíveis e os menos experientes são treinados separadamente. A escola possui instrumentos de sopro, percussão e cordas. “Nós vamos capacitando, propondo uma didática em que eles descubram os instrumentos que mais os agradam, então buscamos aprimorá-los para que dominem o que escolherem”, ressalta Fabiano.

As aulas acontecem nas segundas e terças-feiras. Os alunos com conhecimento musical mais avançados passam a fazer parte da banda da escola, que tem ensaios nas quartas-feiras. O conjunto costuma se apresentar a convite de instituições das três esferas de governo. O repertório é rico, com composições de música erudita, clássicos da Música Popular Brasileira (MPB) até sucessos contemporâneos.

Embora a José Conrado de Araújo seja uma unidade de ensino fundamental, há ainda no projeto garotos e garotas que já encontram-se no ensino médio. “Buscamos atender o maior número possível de jovens, inclusive egressos da nossa escola e até membros daqui da comunidade, uma vez que estejam dentro do nosso padrão disciplinar. É por isso que aceitamos doações de instrumentos”, explica o orientador musical.

Quem sabe para onde vai não se perde do caminho

Os anos de atividade do MusicArt já trouxeram conquistas expressivas de desempenho escolar e na redução das desigualdades sociais, apresentando novos horizontes aos estudantes. “Nós temos alunos aqui que causavam problemas por conta da disciplina e melhoraram seu comportamento. Além disso, demonstram melhoras nas notas e aumentaram o nível de respeito e amizade entre eles. O nosso objetivo é trabalhar através da música, buscando dar uma nova perspectiva, um novo projeto de vida para eles”, comemora o diretor da Emef, Elias Araújo.

A aluna Liliane Santos, 18, faz parte do projeto desde seu início. Ela apaixonou-se pela flauta, a dedicação à música mudou sua vida e apresentou um propósito para o futuro. “O que eu aprendi com a música eu pretendo passar para outras pessoas, além de buscar a valorização dela na sociedade. O MusicArt me ajudou no desenvolvimento psicológico, emocional e de aprendizado. Eu vou prestar vestibular na UFS para licenciatura em Física, mas pretendo futuramente fazer curso de regência, explica.

Colega de banda da flautista Adenilson Tavares, 15, resolveu aprender Clarinete e desfrutar da alegria de conviver ainda mais perto da musicalidade. “O projeto me beneficiou de várias maneiras, até na minha forma de pensar. Participar é muito prazeroso, porque eu via vídeos na internet de pessoas tocando e eu sempre quis tocar também. Eu quero passar isso para frente”, garante.

Modificado em 25/09/2018 18:58

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