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Professora que se suicidou foi vítima do cenário infernal propagado por secretário de Jackson Barreto, diz Sintese

Sindicato conta que, com salários cortados, Jucélia gritava para todos ouvirem na SEED que ia se matar e cumpriu

Jucélia: prometeu se matar e cumpriu 

Numa nota publicada na sua página na web e repercutida nas redes sociais, nesta terça-feira, dia 5, com o titulo “Seed enterra mais uma professora”, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) afirma que a professora Jucélia Almeida, 45, que cometeu suicídio, no último final de semana, é mais uma vítima do cenário infernal “tão propagado” pelo secretário de Estado da Educação do governo Jackson Barreto (PMDB), o professor Jorge Carvalho.

“Jucélia se suicidou e deixou uma carta relatando apenas uma síntese do calvário em vida que enfrentou por um ano ao se deparar com um esquadrão de aço formado por chefes orientados e conscientes do seu papel de perseguir e provocar assédio moral sob o discurso do legalismo, tese do atual secretário”, diz a direção do Sintese.

O sindicato afirma que, segundo relato de familiares da professora, ela, durante a sua carreira, assumiu a equipe diretiva de algumas escolas, inclusive no atual governo. Ainda segundo o Sintese, em meados de 2015, a professora deixou a coordenação da Escola José Rollemberg Leite, porque o seu trabalho já não interessava mais a Secretaria de Estado da Educação (Seed), e, como professora licenciada em história, voltou a lecionar em salas de aula.

“Como já não era bem vista pelo esquadrão do legalismo formado por Jorge Carvalho e capitaneado em Aracaju pela professora Maria Lúcia Gois, diretora da DEA, Jucélia passou a ter o seu primeiro direito negado, não recebeu por vários meses a gratificação por regência de classe, mesmo estando em sala de aula”, diz a nota.

Ainda, de acordo com o Sintese, a queda na remuneração levou a professora a desencadear problemas de depressão e cardiovasculares, passando seguidas vezes a ter atendimento de urgência, cujos atestados médicos eram tratados com desdém por Jeane Góes, diretora do Centro de Referência Severino Uchoa, penúltima escola em que Jucélia lecionou, pois há um mês estava lecionando no Colégio Augusto Franco. As faltas eram registradas no ponto da professora com facilidade, mas a gratificação de regência de classe não retornava por questões técnicas.

A nota explica também que, com o agravamento do quadro de saúde da professora, até os médicos peritos da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplag) emitiram uma licença de 60 dias para tratamento de saúde, após o Sintese ter sido procurado pela professora e solicitar a reconsideração, já que inicialmente havia sido negado. Segundo o Sintese, estranhamente, durante esses dois meses, a professora teve o salário bloqueado e, para sobreviver, doente, recorreu a familiares.

“No entanto, o circo de horrores não tinha fim. Em junho de 2016, a professora Jucélia voltou ao trabalho, e nutria a expectativa de, no final do mês, receber seu salário corretamente. Eis que junho terminou e seus vencimentos de novo não vieram. Aos prantos a professora se dirigiu à Seed, chegando inclusive a conversar com a superintendente da educação Marieta Barbosa, que prometeu resolver, mas que tinha questões técnicas a solucionar. Jucélia gritava para todos ouvirem na SEED que ia se matar. A professora não resistiu, e cumpriu o que sentenciou. Jucélia deixou uma filha de 21 anos”, diz o Sintese em nota.

O Sintese, por fim, documenta que está disponibilizando o seu departamento jurídico para que a família da professora Jucélia Almeida possa buscar a Justiça. “Interpor as ações judiciais cabíveis contra o Estado de Sergipe, bem como contra os envolvidos diretamente, a partir da análise dos advogados, ao tempo que convidamos os professores para um ato de protesto no dia de amanhã, quarta- feira, às 9h, em frente à Escola Severino Uchoa seguindo para a DEA , podendo se estender durante toda a semana em outros órgãos”, finaliza.

Do Universo, com informações do site do Sintese

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