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Presidente da Petrobras garante 120 dias para encontrar saídas para à Fafen

O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE) reservou a terça-feira, dia 27, para mobilizar e ampliar debates em torno de um possível fechamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) nos estados da Bahia e em Sergipe. No mesmo dia em que as bancadas federais se reuniram com os governadores dos dois estados e a diretoria da Petrobras, para tratar do problema, o parlamentar aprovou na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), um Requerimento (RRA 9/2018), convocando uma audiência pública para o dia 10 de abril, às 10h, nas dependências do Senado.

A audiência teve um resultado que animou os presentes. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou que manterá as fábricas funcionando por mais 120 dias a partir de 30 de junho. “Esperamos que não seja um direcionamento paliativo e que esse funcionamento seja pleno”, disse Eduardo Amorim ao final da audiência.

Certamente uma das audiências mais concorridas desse primeiro semestre teve o seu início no Plenário 14 da Câmara dos Deputados. Pedro Parente, relatou as inúmeras dificuldades financeiras da estatal e os motivos para o fechamento. Ao início fez uma breve introdução sobre os motivos do fechamento e em seguida passou a ouvir os reclames dos parlamentares. Parente considerou como “imperiosa razão” a iniciativa de “hibernação” das fábricas.

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, revelou que “o plano de negócio 2017-2021 mostrou que as fábricas produzem resultados negativos. “85% da demanda de ureia no Brasil é importada, as Fafens produziram e entregaram ao mercado apenas 13%. A grande questão que dificulta essa produção é o alto custo do gás natural. Para ser competitivo no mercado de ureia é preciso ter reservas de gás a custos baixos”, explicou Celestino.

Segundo a estatal, trata-se de um processo de “hibernação”, que consiste na parada progressiva da produção, com conservação dos equipamentos e prevenção de impactos ambientais, afirmando ainda, que em 2017, tanto a Fafen-SE, quanto a Fafen-BA apresentaram resultados negativos de cerca de R$ 600 milhões e R$ 200 milhões, respectivamente, e as perspectivas no longo prazo continuam negativas. “Esta decisão causa-me estranheza. Sabemos que o segmento de fertilizantes se encontra em expansão tanto no Brasil quanto no mundo e a demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é bem maior que a produção nacional”, ressaltou o senador.

Relatório aprovado na Comissão de Agricultura

“Os membros da Comissão de Agricultura do Senado aprovaram o Requerimento devido a urgência que o caso pede. São duas fábricas que poderão ser fechadas, só em Sergipe a Fafen atua há 36 anos, produz 303 mil toneladas/ano, o que corresponde a 80% da importação da região Nordeste. O desinvestimento não levou em consideração a história dos sergipanos com a Petrobras”, argumentou Amorim.

Enviado pela assessoria 

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