Fábio Henrique se reaproxima de Zé Franco e não descarta reconstruir aliança
Fábio: aguardando Jackson
Ao comentar a visita que fez, na última segunda-feira, dia 6, à tarde, ao presidente do PSDB de Sergipe, o ex-deputado estadual Zé Franco, na sede do partido, o prefeito de Socorro, Fábio Henrique (PDT), disse, nesta terça-feira, dia 7, na Ilha FM, que, em 2014, ele e Zé Franco tomaram posições diferentes nas eleições. Mas que a política não deve servir para se fazer inimigos. “Quando se conversa com amigos, o café é no ponto equilibrado. Foi uma conversa muito madura em relação ao processo eleitoral em todo Sergipe. Evidente que conversamos também sobre Socorro. Foi uma visita tranquila, da mesma forma como fiz uma visita a Valadares Filho. Eu não sou inimigo pessoal de ninguém. Conversar não tira pedaço de absolutamente ninguém”, disse.
Fábio lembrou que o PDT lançou a pré-candidatura de Cleverton Siqueira para prefeito de Socorro, Zé Franco também é pré- candidato. “Estamos discutindo internamente. Temos companheiros que podem compor com Cleverton. Estamos conversando com vários cenários porque política é a arte e conversar. Não formamos um acordo político, mas que abre possibilidades para um entendimento futuro. Eu sempre fiz política com humildade. Estamos em lados opostos e nada impede de estarmos no mesmo palanque. Não será nada de outro mundo se o nosso agrupamento e o de Zé Franco estiverem junto outra vez. Zé Franco tem o projeto dele e nos temos o nosso”, disse.
Ao comentar a possível presença do governador e aliado Jackson Barreto num suposto palanque tendo o deputado estadual Padre Inaldo (PC do B) como pré-candidato, Fábio Henrique disse que esteve, na semana passada, com o governador e escutou que ele não vai tomar nenhuma posição em Socorro sem conversar. “Eu acredito na compreensão do governador porque ele sabe quem esteve com ele em 2014. Jackson não é um homem de virar as costas para os aliados. Em 2014, o deputado lnaldo votou em Amorim. O vereador Betinho será o pré-candidato a vice prefeito na chapa do deputado Inaldo. Infelizmente, será Betinho que foi meu secretário e dizia que Socorro tinha uma história antes e depois de Fábio Henrique”, disse.
Segundo Fábio Henrique, ninguém é obrigado a ficar com ninguém, mas as pessoas devem ter pelo menos a atenção de dar um telefonema. “No dia 18 de junho de 2014, saímos de uma reunião no Palácio com o governador Jackson Barreto, eu, o então deputado Zé Franco, Adilson Junior e algumas outras pessoas. Lá decidimos que o PDT apoiaria Jackson. Eu liguei para Edivan Amorim para informar. É o mínimo que podemos fazer e nem isso vereador Betinho fez. A posição do PMDB de Socorro está definida. Todas essas coisas quem vai julgar é a população, que sabe onde estávamos em 2014 e onde estava o deputado Inaldo”, observou.
Fábio Henrique salientou que ainda continua liderado pelo governador Jackson Barreto e garantiu que nunca foi ao Palácio do Governo para “colocar faca no pescoço” de Jackson. “Já há algum tempo, o vereador Betinho demonstrou a intenção de ser candidato a vice prefeito. Colocamos para ele de forma muita clara que ele tinha totais condições, desde que construísse. Ele tomou a posição dele, vida que segue. Neste momento, a gente tem que cuidar da nossa organização partidária”.
Confirmando que há o interesse de partidos em ter a deputada Silvia Fontes (PDT) na chapa que disputará a Prefeitura de Aracaju, Fábio Henrique afirmou que não vê problema em conversar com nenhum segmento da política de Sergipe. Mas deixou claro que não tomará posição alguma antes de o governador se posicionar. “Claro que partido fica feliz e ter o nome de Sílvia lembrado. Ela vai participar de uma chapa como candidata a vice? Isso é outra discussão que vamos fazer no momento certo. Meu compromisso é aguardar a posição governador”, disse Fábio, salientando, no entanto, que se a posição que o governador tomar não seja possível ao PDT acompanhar, a vida segue.
“Se eu disser que uma posição do governador em Socorro não afetaria uma posição do PDT em Aracaju estaria mentindo, e o povo não vai acreditar no que eu estou dizendo. Socorro é nossa casa. Foi em Socorro que a candidatura de Silvia partiu. Eu não posso fazer nada sem priorizar a minha casa. Não estou dizendo com isso que, se o governador não estiver em Socorro, vai ter briga, mas vai afetar”, finalizou.
Do Universo, com informações da Ilha FM