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Portador do HIV acusado de estuprar menor tem prisão revogada

Por Joedson Telles

Na manhã desta quinta-feira 4, coube ao radialista Gilmar Carvalho, na Ilha FM, noticiar que o africano Daniel Manuleke, que porta o vírus HIV e é acusado de estuprar uma menor de 12 anos, num retiro espiritual, os próprios pais dele levaram medicamento para aidético para a menor tomar, não é mais um foragido da Justiça. Não. A polícia não o prendeu, depois de meses à caça gastando o dinheiro público. Segundo o advogado de Manuleke, a família dele conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma liminar que o livra da prisão. Cassa o decreto de prisão.

Estão tentando imputar que a verdade é que a menina não foi estuprada coisa nenhuma. Delira ou mente mesmo. Vem a público junto com sua humilde família, cinicamente, caluniar um rapaz inocente. Um cidadão de bem incapaz de cometer um crime bárbaro deste tipo – sobretudo por ter ciência de portar o vírus da AIDS.

Além disso, a família do acusado de forma cristalina passa a ideia de que a polícia, que investigou e chegou à conclusão que houve o estupro, e o Poder Judiciário, que decretou a prisão, embarcaram na onda da menor delirante ou mentirosa. Aliás, está flagrante que, para a família do Manuleke, os órgãos públicos se mostraram despreparados para o papel social. Erraram feio tentando prendê-lo.

É um juízo perigoso. Não consigo imaginar que a polícia com o aval de um juiz tenha a coragem de jogar um inocente na cadeia sob a acusação de estupro – mesmo sabendo o que a prisão reserva a um estuprador. A polícia investigou o caso e o juiz se manifestou nos autos após analisar tais provas. Não atirou no escuro. Se isso fosse feito estaríamos  em que mundo? É certo que todos são inocentes até que se prove o contrário, mas neste caso está nítido que tentam desmoralizar as provas da polícia. Num país que tem a fama de ter criado uma vacina ante-prisão para quem tem dinheiro um elefante toma o lugar da pulga atrás da orelha.

Modificado em 04/07/2013 08:01