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Político que tenta cortar verbas da Secom joga contra jornalistas e radialistas. Trabalha pelo desemprego

Jailton: defendendo comunicadores

Por Joedson Telles

A insatisfação de parlamentares da oposição ao prefeito João Alves na Câmara Municipal de Aracaju, por conta da rejeição de emendas ao Orçamento da Prefeitura de Aracaju, que, em vingando, remanejariam verbas da Secretaria de Comunicação para outras áreas, espelha o descaso de certos políticos sergipanos frente a jornalistas e radialistas. Felizmente, foram vozes vencidas. O contrário seria delatar que paira ignorância no que concerne os problemas enfrentados pelos profissionais da comunicação. Ou trabalhar mesmo pelo desemprego.

O exemplo de parlamentares com Jailton Santana, que optou por manter a verba da Secom, precisa não apenas ser seguido pela oposição na CMA, mas também desembarcar na Assembleia Legislativa – onde, a julgar pelo ano passado, a frase gasta do pirão no prato com a pouca farinha, socorre alguns políticos, que apresentaram emendas para tirar dinheiro da Secom do Estado – numa clara atitude de fazer a chamada média com profissionais ligados a outras áreas. Jornalistas e radialistas que se danem.

O fato é que, queiram ou não os nobres parlamentares, estejam eles ou não informados, os veículos de comunicação de Sergipe, salvo raras exceções, têm justamente no Governo do Estado e nas prefeituras seus maiores clientes. Às vezes sobrevivem dos seus anúncios. E, evidente, com remanejamento de verbas da Secom tanto do Estado quanto dos municípios, logicamente, diminuem os gastos com publicidades, e os veículos, por sua vez, têm mais argumentos para enxugar suas folhas de pagamento. No mínimo fortalecem o discurso de que não têm como conceder aumentos coerentes com o pleitos dos sindicatos dos jornalistas e radialistas. É isso que estes políticos desejam? Se for, têm que assumir.

O parlamentar que, de fato, pensa nos trabalhadores da comunicação, evidentemente, não quer isso. Não quer criar mais dificuldades para uma categoria tão injustiçada. Lógico que cabe a um parlamentar o imprescindível papel de fiscalizar os gastos públicos. Não apenas na comunicação social como nas demais áreas do Poder Excutivo. Mas cortar verba da comunicação, não. Jornalistas e radialistas – sobretudo os sindicatos das categorias e as centrais sindicais – têm a obrigação de ficar atentos a políticos que querem prejudicar os comunicadores, e adotar as medidas cabíveis. Fazer festa é sempre bom, mas com o chapéu alheio soa cinismo.

Modificado em 23/12/2013 15:15