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Polícia Unida: Valmir de Francisquinho destaca compromisso com servidores

O ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), mesmo ainda não tendo confirmado a qual cargo irá concorrer nas eleições 2022, foi convidado pelo movimento Polícia Unida para uma reunião, na manhã da última sexta-feira, dia 17. Na oportunidade, Valmir ouviu dos representantes de diversas entidades que compõem o Polícia Unida, compostas por Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiro Militar, as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da Segurança Pública sergipana na recomposição de perdas salariais e sobre a luta para o pagamento do adicional de periculosidade.

Valmir, então, fez questão de relatar sua experiência no Executivo, após cinco mandatos como vereador, sempre com votações crescentes e sendo o mais votado, na cidade de Itabaiana. “Pedi uma chance à população. E dizia sempre: vocês terão quatro anos para me avaliar. Depois desses quatro anos, vocês são quem decidem. Fui reeleito e fiz meu sucessor. Ou seja, a população aprovou o nosso trabalho”.

E dentre as razões para essa aprovação, Valmir de Francisquinho destacou o relacionamento que manteve com os servidores. “Nunca fechei as postas para nenhum sindicato e para nenhum servidor, de qualquer que fosse a categoria”, disse o ex-prefeito. Mas, ao mesmo tempo, ele evitou fazer promessas vazias. “Caso se confirme a nossa pré-candidatura a governador, agora no final de março, quero contar com vocês do Polícia Unida na elaboração das nossas propostas para a política de segurança pública”, incluindo aí as questões que envolvem os problemas salariais da categoria. “Só não vou fazer promessa vazia. Mas garanto que, ao ter acesso à contabilidade do Estado, todos vocês saberão a situação real das finanças de Sergipe”, disse Valmir.

Para exemplificar sua forma de atuação, o ex-prefeito rememorou uma situação. “Em janeiro de 2013, nós pagamos a conta do posto de combustível que abastecia dos veículos da prefeitura. Naquele momento, as máquinas, que consomem mais, estavam quase todas quebradas, mas a conta chegou de R$ 120 mil. Nós pagamos, mandamos consertar as outras máquinas, tiramos da concessionária algumas máquinas que faltava a contrapartida da prefeitura, e mesmo assim a nossa conta mensal de combustível, naquele momento, não passou de R$ 30 mil”, relatou Valmir, destacando ainda que a conta de telefone paga em janeiro, referente a dezembro de 2012, último mês da gestão anterior, foi de R$ 60 mil. E em fevereiro, referente ao primeiro mês da nova gestão, foi de apenas R$ 5 mil. “Por isso que temos que ter acesso as finanças e a folha geral. Quando assumi em 2013 o gabinete do prefeito tinha 270 comissionados. Exonerei todos e administrei com somente 3 comissionados em meu gabinete”, completou.

Dos menores aos maiores

O ex-prefeito itabaianense também aproveitou para relatar algumas situações encontradas na Prefeitura de Itabaiana, em 2013, ano em que assumiu a gestão. Além dos mais de R$ 33 milhões em débitos diversos e dos três meses de salários atrasados, além do 13º de 2012 também sem ser pago, Valmir lembrou que recebeu a prefeitura das mãos da Justiça, visto que as contas do município estavam bloqueadas por conta de decisão judicial.

“Com uns 15 dias na prefeitura, os garis e as margaridas chegaram na porta da minha casa, com mulheres chorando porque não tinham comida para dar para os filhos. Eu liguei para a secretária de Finanças da época e perguntei quanto era a folha deles. Ela me disse que dava R$ 136 mil. Eu perguntei quanto tínhamos na conta, com o repasse do ICMS. Ela disse: R$ 150 mil. Eu disse: pague a folha deles, agora. Ela me alertou, dizendo que era bom esperar para ver os demais repasses. Eu simplesmente mandei ela pagar e que a gente se apertaria no que fosse necessário, mas que não era possível ficar pais e mães de família, humildes e trabalhadores, passando fome. No final do mês, com todos os ajustes, ainda restou R$ 900 mil, com folha de pagamento daquele mês em dia e pago dentro do mês trabalhado. Mas não diziam que não tinha dinheiro? Dinheiro tem, o problema é gestão”, contou Valmir de Francisquinho.

E essa mesma situação se repetiu com os agentes da SMTT, que também buscaram o prefeito e viram o seu pleito, de ao menos iniciar o pagamento dos meses atrasados, também, atendido. “Foi assim com todas as categorias no início da nossa gestão. E durante os três primeiros meses nós fomos pagando categoria a categoria, folha a folha das atrasadas, mas sempre pagando cada mês dentro do mês trabalhado”.

For fim, Valmir destacou os procuradores do município. “Imagina que nem os procuradores municipais, que é uma categoria com bem menos profissionais, foram pagos. E no nosso terceiro mês de gestão, eles vieram me cobrar. Fiz o mesmo que fiz com todos: mandei pagar”.

Professores: maior e melhor exemplo

Já em relação aos professores, categoria que vivia os mesmos problemas das demais, mas com o agravante de não receberem o Piso Nacional do Professor, Valmir de Francisquinho lembrou que, nas primeiras semanas de sua gestão, convidou o SINTESE para conferir as contas do FUNDEB, juntamente com a equipe da prefeitura e da Educação municipal. A categoria havia, até 2012, realizado protestos, prestado Boletim de Ocorrência na delegacia, tudo por conta dos salários atrasados e do desrespeito a estes profissionais. “A professora Angela, hoje vereadora em Aracaju, era a presidente do SINTESE e participou desses protestos. Depois, já em nossa gestão, deu entrevista destacando que a prefeitura de Itabaiana deveria servir de exemplo para as demais”, lembrou Valmir.

Na negociação com os professores, o parcelamento dos atrasados e do 13º, escalonamento vertical e regência de classe foram aprovados. E o principal: Valmir assumiu o compromisso, e cumpriu, de pagar o Piso Nacional dos Professores. “Nosso cuidado foi tanto que passamos a pagar o salário, pelo piso, até, no máximo, o dia 22 de cada mês”, destacou Valmir, lembrando que essa não se tratou de uma política de mandato, de um governo, mas de uma política administrativa que segue em prática, uma vez que seu sucessor, o prefeito Adailton Sousa (PL), também segue pagando o piso, inclusive com o reajuste de 33,24% dado este ano. “Nós conversamos e ele, Adailton, entende que não se pode interromper uma política salarial como essa, de sucesso”, concluiu.

Por fim, Valmir de Francisquinho falou diretamente sobre um dos pontos que é reivindicado pelo Polícia Unida, o adicional de periculosidade. “Nós negociamos, buscamos formas de garantir o pagamento e, depois, através de lei enviada e aprovada pela Câmara de Vereadores, passamos a pagar a periculosidade de nossa Guarda Municipal. E é como eu digo: não estou aqui para fazer promessas vazias, estou aqui demonstrando o que fiz enquanto prefeito de Itabaiana”, encerrou Valmir de Francisquinho.

Modificado em 22/03/2022 13:22

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