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PMA reorganiza feiras

Dona Maria Josidete Leite entende bem sobre o funcionamento de uma feira livre. Ela trabalha no ramo há cerca de 40 anos e já passou por algumas regiões de Aracaju. Hoje, ela tem uma barraca na feira do conjunto Castelo Branco, no Ponto Novo, zona Oeste da cidade, uma das que já passaram pela reorganização promovida pela Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). As melhorias proporcionadas pela administração municipal são motivos de satisfação de feirantes, como a conhecida “Dona Dete”.

“A verdade é que era tudo muito bagunçado antes. Apesar de ser maior, não tínhamos espaço porque era tudo desorganizado. Depois que a Prefeitura começou a arrumar as feiras, ficou bem melhor porque a gente tem um lugar mais ajeitado, ordenado e não tem mais aquele tumulto que a gente via. O bom é que percebemos que os clientes também ficaram mais à vontade”, comentou dona Dete.

Ao todo, existem 32 feiras na capital, das quais 18 já foram reorganizadas, sendo a situada no bairro Grageru a que recebeu os serviços mais recentemente. O trabalho de reorganização das feiras teve início no ano passado, uma necessidade antiga, não somente da população, mas dos próprios feirantes, que veem na iniciativa uma melhoria nas condições de trabalho. “Quando a gestão teve início, havia uma grande reclamação sobre a reorganização das feiras livres, não só organização, mas localização também. Criamos um projeto, fizemos um levantamento e o recadastramento de todos os feirantes. Começamos o processo de substituição das bancas, exigência de lona de proteção dessas bancas, substituição de toldos, mudança de locais e, com isso, melhoramos, consideravelmente. Isso trouxe mais comodidade e, agora, os produtos estão acondicionados da maneira correta”, destacou o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

Essa mudança agradou também a Valdir Aldo dos Santos que, há mais de 25 anos, comercializa condimentos na feira. “Ficou tudo uma maravilha. Antes, era muita confusão, a gente não tinha espaço para nada e não era um ambiente bacana, principalmente, para nossos clientes. Só pelas barracas novas, bem cuidadas, já valeria muito, mas, vejo outras melhorias que meus colegas aproveitam, então, só tenho o que elogiar”, ressaltou.

A feirante Sandra Souza é uma das mais recentes na feira onde comercializa, mas, já estava na fase da desordem. “Estou há seis anos aqui e já vi muita coisa, inclusive, feirante que não estava feliz com as condições da feira. Hoje, dá gosto ter uma barraca arrumadinha, num espaço mais organizado e cada setor em seu devido lugar. Isso é bom para o feirante e para o cliente, ou seja, todo mundo sai ganhando”, frisou.

O presidente da Emsurb explicou que parte da mudança engloba a retirada de algumas barracas, uma alternativa para aliviar o fluxo nas regiões onde estão localizadas as feiras. Na do Castelo Branco, por exemplo, a quantidade passou de 400 para 290 barracas. “Por ser dentro de um conjunto habitacional, o Ministério Público entendia, junto ao Corpo de Bombeiros, que deveria ter uma circulação maior, por causa de qualquer incidente, como um incêndio ou ambulância que precisasse passar. Tinha feirantes com três, quatro barracas, então, nós reduzimos o número de bancas para essas pessoas e liberamos até duas barracas. Isso significa que liberamos mais duas ruas no conjunto e resolvemos o problema de circulação”, contextualizou.

Ainda que tenha havido a redução das barracas, os feirantes não se sentiram prejudicados, pois, entenderam que a medida, inclusive, beneficia a circulação das mercadorias. Arnaldo José dos Santos, feirante há mais de 25 anos, agora, está apenas com uma barraca. “Eu tinha três, mas, precisei reduzir e achei que ficou bem melhor porque está mais organizada, o espaço de trabalho está bem melhor e os nossos clientes podem circular com mais tranquilidade, então, só vejo vantagem na redução”, considerou.

Licitação das feiras

Com as constantes avaliações realizadas pela Emsurb, verificou-se a necessidade da realização de processo licitatório com o objetivo de contratar empresa responsável pela organização das feiras livres de Aracaju e, consequentemente, do comércio de carnes, laticínios e crustáceos dentro dos padrões sanitários. De acordo com Luiz Roberto, o edital deve ser lançado até o dia 10 de maio.

“O próprio Ministério Público entende que precisamos licitar essa questão de montagem e desmontagem das feiras. No entanto, mesmo que uma empresa terceirizada esteja à frente da organização das feiras da capital, a Emsurb continuará o seu trabalho de fiscalização para manter a qualidade do serviço ofertado à população. Dentro desse processo, iremos também reduzir o número de feiras. São feiras com um pequeno número de barracas ou que, no mesmo local, já acontece feira em outro dia da semana. Esse é um trabalho que, com a licitação, vai melhorar ainda mais”, explicou.

Modificado em 30/04/2019 17:18

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