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PMA e UFS capacitam profissionais para atendimento à mulher vítima de violência

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Coordenadoria de Políticas para Mulheres (CPM), vinculada à Diretoria de Direitos Humanos (DDH), da Secretaria Municipal da Assistência Social, encerrou, na manhã desta sexta-feira, 19, a capacitação profissional sobre os “Fundamentos para a Intervenção Profissional no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher”, realizada em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A iniciativa, promovida durante três dias, reuniu profissionais da rede pública municipal de atendimento às mulheres das áreas da Assistência Social, Educação, Saúde, Segurança, Formação para o Trabalho, além de Conselhos de Direitos, em um debate no auditório da “Didática 6”, na UFS.

A capacitação integra as atividades alusivas ao “Agosto Lilás”, mês da campanha de Conscientização pelo Fim da Violência Contra a Mulher, sendo um curso de extensão promovido em parceria entre a Secretaria Municipal da Assistência Social e o departamento de Serviço Social da UFS.

De acordo com a coordenadora de Políticas para Mulheres (CPM) do Município, Edlaine Sena, a ação está prevista no Plano de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, construído de forma coletiva por órgãos que atuam pelo público com direitos violados.

“A necessidade de formação, especialização e aprimoramento do trabalho é constante, essa é uma das ações pensadas em nosso Plano. Nossa Coordenadoria tem como responsabilidade planejar políticas públicas e pensamos em viabilizar esse curso de formação para que pudéssemos promover o aprimoramento desses profissionais, sua forma de atuação, obtermos um maior conhecimento sobre o gênero, com o objetivo de levar à mulher uma assistência ainda mais qualificada”, salienta Edlaine.

A gerente da Média Complexidade da Assistência Social de Aracaju, Vanessa Barreto, contribuiu com o debate falando sobre os Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) e o Abrigo Núbia Marques, equipamentos socioassistenciais que atendem mulheres de Aracaju que já tiveram os seus direitos violados.

“Os atendimentos às mulheres vítimas de violência acontecem por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, o Paefi. Atualmente, acompanhamos 82 mulheres vítimas. Aqui, falamos sobre a oferta do serviço, os bairros de maior incidência de violência contra a mulher e quais as estratégias de articulação com a rede de políticas públicas. O Creas acaba tendo esse papel indispensável de encaminhamento de mulheres para o reconhecimento dos seus direitos socioassistenciais. Precisamos retomar o protagonismo em sua vida através do referenciamento a outras políticas setoriais que ela não conseguiu acessar no processo do ciclo de violência sofrido”, explica Vanessa.

Para a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Joelma Dias Silva, preparar as equipes multiprofissionais é fundamental, já que o órgão também é responsável por fiscalizar o trabalho executado pelo Município.

“Marcamos presença com o intuito de agregar conhecimento, fortalecendo a rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Nosso papel é garantir efetivamente os direitos ao público em situação de violência a partir da qualificação desses profissionais. Essa troca de informações foi de grande valia para que possamos acolhê-las da melhor forma dentro do Município de Aracaju”, acrescenta Joelma.

De acordo com a professora do curso de Serviço Social da UFS, Milena Barroso, a parceria ocorreu a partir de uma experiência de um dos estagiários do curso em um projeto de intervenção, desencadeando na realização do evento. Para ela, além de contribuir para o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra a mulher em todo o Estado, a Universidade também cumpre seu papel na difusão do conhecimento.

“A proposta é aproximar cada vez mais a Universidade da comunidade, das políticas sociais, contribuindo para esse enfrentamento. Entendemos que a violência contra mulheres é uma violência estrutural que precisa da articulação de todas as políticas, não apenas da assistência social. É importante termos essa articulação, divulgar as informações, trocar conteúdos, colaborar com os nossos estudos, as pesquisas, nesse sentido temos contribuído para fortalecer tanto o atendimento a essas mulheres, como também a prevenção”, salienta Milena.

Modificado em 19/08/2022 18:55

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