Segundo a Defesa Civil de Aracaju, órgão que integra a Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), com as precipitações da madrugada desta quinta-feira, 9, registra-se aproximadamente 150 milímetros de chuva nas últimas 72 horas. As equipes da Defesa Civil, bem como da Secretaria Municipal da Assistência Social, estão no local desde cedo auxiliando as famílias residentes que tiveram as casas atingidas pela cheia do rio Poxim.
Com um cadastro feito no mês de abril, as equipes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Madre Tereza de Calcutá e da Diretoria de Gestão Social da Habitação identificaram as famílias que se encontram em locais críticos e as que são prioritárias para remoção. Neste levantamento feito de maneira preventiva, foram identificadas 10 famílias que precisam ser retiradas de forma imediata.
Ao todo, seis famílias, sendo 11 pessoas, aceitaram sair das suas residências e estão sendo encaminhadas para o acolhimento em hotéis. Entre os benefícios eventuais que serão entregues, desta vez, serão ofertadas botas de borracha para aquelas pessoas que não precisarem sair de suas casas, dando a possibilidade de se locomover de forma segura.
A secretária municipal da Assistência Social de Aracaju, Rosária de Souza Rabêlo, destaca que o trabalho intenso vem sendo feito desde cedo. “Desde as primeiras horas da manhã estamos aqui no Largo da Aparecida para verificar a situação das residências que foram afetadas com a subida do nível do rio, e identificando também as necessidades de cada família. Estamos fazendo esse levantamento para que nós possamos transferir para pousadas aquelas famílias que foram mais afetadas, fazer o fornecimento de alimentação, de colchões, entre outros benefícios necessários”, declarou.
Mais ações
As equipes da Defesa Civil de Aracaju também participam do trabalho de assistência aos moradores do Largo da Aparecida, onde estiveram para proporcionar alternativas para que as famílias saíssem das suas casas preventivamente, tendo em vista que a previsão é que o nível do rio se mantenha até a sexta-feira, 10. O monitoramento no local já vem sendo reforçado desde o início do período de alerta, no início desta semana.
“Vamos continuar estáveis pelo menos até o dia de amanhã. E é preciso que as pessoas saiam de casa para que tenham um mínimo de normalidade social e conforto durante esse período crítico. Depois que a água baixar e que esse período crítico passar, aí sim, a gente retorna com elas para casa com segurança, sem nenhum transtorno”, explicou o tenente-coronel Silvio Prado, secretário municipal da Defesa Social e Cidadania.
Ele explica que os impactos no Largo da Aparecida são decorrentes ainda das chuvas da última terça-feira, 7. “Estamos com uma inundação, um transbordamento do rio Poxim. Aqui é o ponto mais baixo, onde o rio extravasa, e esses impactos são ainda das chuvas da última terça-feira, quando houve precipitação de 120 mm. Com as chuvas que tivemos nesta madrugada, estamos nos aproximando de quase 150 mm em 72 horas, e por isso estamos tirando as pessoas, preventivamente, principalmente as que estão próximas do canal, para que elas não tenham contato com essas águas que transbordam, e que elas fiquem em segurança até que as águas baixem”, explicou.
O alerta para continuidade das chuvas foi emitido na tarde de quarta-feira, 8, com vigência por 24h. As equipes atuam desde as primeiras horas da manhã com atenção às áreas de risco de toda a cidade, e com equipes de prontidão para atendimento aos chamados que venham a ser registrados através do serviço emergencial 199.
A Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) enviou uma equipe de agentes de limpeza ao Largo da Aparecida para auxiliar na retirada de móveis das pessoas, caso seja preciso. O presidente da Emsurb, Bruno Moraes, destacou que as ações são coordenadas junto à Defesa Civil e a Assistência Social.
“As nossas equipes chegaram às 6h e foram colocadas à disposição para qualquer necessidade que houvesse, para remoção de pessoas, de móveis, bem como para o processo de limpeza. Foi identificado que, na região, não havia nenhum tipo de obstrução na rede de microdrenagem. O que houve ali foi realmente o impacto do rio. As equipes estão na região, tanto do Largo da Aparecida, como de toda a Jabotiana, para tentar identificar qualquer necessidade e ajudar na retirada de famílias, se assim for necessário e orientado pela Defesa Civil”, afirmou.
Bruno Moraes também explica que as ações são realizadas em toda a cidade. “Em todos os pontos sensíveis da cidade, quando começa o período de chuvas, são intensificados o monitoramento e o processo de limpeza. Ainda nesta manhã as equipes também estiveram no bairro Santa Maria, no Centro, nas proximidades das avenidas Aitron Teles e Anísio Azevedo, para verificar qualquer descarte irregular que houvesse acontecido na madrugada e comprometesse a drenagem das ruas. A limpeza é feita diariamente para mitigar os problemas”, disse.
A Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) mantém equipes atuando na manutenção da rede de drenagem por toda a capital. Nesta quinta-feira, 8, os serviços chegam aos bairros Coroa do Meio, Jabotiana, Siqueira Campos, Bairro Industrial, Santo Antônio, Soledade, Cidade Nova, Porto D’Antas, Santos Dumont e Farolândia.
A população pode solicitar a limpeza das bocas de lobo e outros serviços por meio do setor de Atendimento da Emurb, através dos telefones (79) 3179-1600, 1617 e 1619 ou comparecendo presencialmente na sede administrativa, situada na avenida Augusto Franco, nº3340, Ponto Novo.