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“Plantar notinhas não é o meu estilo”, diz Márcio Macedo

O deputado federal Márcio Macêdo defendeu, nesta segunda-feira 30, que o debate sobre o Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) em Sergipe se dê internamente, entre os militantes da agremiação, de forma a garantir uma discussão qualificada, que fortaleça o partido, em prol da unidade. Em entrevista ao radialista Evenilson Santana (Liberdade FM), ele rechaçou as críticas feitas pelo deputado federal Rogério Carvalho e voltou a ressaltar a importância do legado dos governos de Marcelo Déda em Sergipe.

O parlamentar, que é candidato a presidente estadual do PT, explicou que tem evitado levar para a imprensa questões polêmicas relacionadas ao PED, por entender que isto não é positivo para o partido. Segundo ele, as tentativas de inserir o tema na mídia da forma como está sendo colocado servem apenas para criar uma imagem negativa do PT e desgastá-lo perante a sociedade.

“Plantar notinhas ou estimular blogs a explicitar a disputa interna do PT não é o meu estilo. Claro que ninguém está proibido de dar entrevista sobre o processo ou emitir suas opiniões na imprensa, mas o regulamento da eleição não permita debates fora das instancias partidárias. Eu tenho evitado fazer este debate externo, fora do partido, para evitar que haja desgaste do PT ou que o processo seja mal-interpretado. Eu tenho responsabilidade com o partido e com o processo de eleições internas”, afirmou.

Neste sentido, Márcio rebateu as recentes declarações feitas por Rogério Carvalho, também candidato a presidente do PT. “Não contribui com o PED o que Rogério está fazendo, se auto-vitimizando. Já disse e vou repetir: o enredo não combina com o personagem. Para quem conhece o histórico e o estilo de Rogério, não combina com ele fazer papel de vítima. E muito menos a mim o papel de algoz. Pegue o histórico da minha ação política e o do meu colega deputado Rogério Carvalho e veja se há alguma condição de eu ser algoz de alguém ou de detoná-lo ou de ele ser vítima? Definitivamente, isso não ajuda ao partido. Demonstra desespero. Eu penso que ele deveria sair das páginas dos jornais e das telas virtuais dos blogs e fazer o debate dentro do partido e defender suas posições e propostas como eu estou fazendo”, ressaltou.

Para Márcio, os boatos criados por Rogério Carvalho demonstram “desconhecimento sobre o PT”. “Ele afirmar que foi exonerado da presidência do partido é falta de conhecimento. Quem exonera é o chefe e só se exonera em cargo de comissão. O PT não tem chefe nem dono. E o presidente é eleito pelo voto dos seus filiados. O que ocorreu neste episódio foi que Silvio Santos voltou ao cargo, legitimamente, porque a licença dele acabou. Ele foi o presidente eleito pela militância, com 71% dos votos. É um processo natural. Não tem nenhum gesto de autoritarismo nisso, de forma a oprimir ninguém. O PT é democrático. Rogério tem todo o direito de ser candidato como o é. Ninguém o está proibindo, no entanto, ele não pode exigir apoio à sua candidatura à força”.

O deputado rebateu também a afirmação feita por Rogério de que há um “principado” no PT. “Vi que ele está dizendo que quer acabar com o principado do PT. No que concerne a mim, exerci a presidência do PT eleito. Disputei a primeira eleição da Direção do PT em Aracaju e ganhei no primeiro turno. Disputei a eleição de presidente estadual, fui para o segundo turno com a deputada Ana Lúcia e ganhei com mais de 70% dos votos. E na reeleição, fui eleito no primeiro turno. Nunca fui presidente do PT indicado como ele foi, num acordo político do qual eu não participei. Então, se tem um principado, ele é o príncipe. Porque em condições normais, ninguém se torna presidente do PT por indicação. Eu nem toparia ser presidente sem ser eleito, nem brigaria para continuar presidente sem ser eleito, como ele está fazendo”, afirmou.

Legado

Para Márcio Macêdo, a motivação em disputar a presidência do PT está no apoio da militância. “Não tenho ambição pessoal de ser presidente do PT, até porque já fui, mas sou candidato porque 43 diretórios e a maioria expressiva da militância do meu partido viram em mim o perfil ideal para fazer esta disputa neste momento histórico. Eu vou cumprir tarefa como sempre fiz na minha militância no PT. Com muito orgulho e honra. Uma das passagens da minha vida que mais me orgulha é constar no meu currículo que fui presidente do PT. Tenho consciência que exerci o meu papel. O PT é, sempre, para mim, uma escola. Abriu caminhos na minha militância e ajudou a me tornar o político que sou hoje. A disputa não deve ser pessoal e egocêntrica. A disputa deve ser por um projeto político do partido. Quero convidar o meu colega Rogério Carvalho para fazer um debate de fundo, propositivo, nas instancias partidárias, para o presente e o futuro do partido, com responsabilidade com o conjunto da militância e com o projeto que está mudando Sergipe”, frisou.

Sendo assim, o deputado ressaltou que o presidente eleito neste processo terá a missão de coordenar o partido na abertura de um novo ciclo em Sergipe. Ele também disse que é preciso preparar a militância para fazer a defesa do legado do atual governo. “Este é o maior governo da história de Sergipe. Como candidato a presidente do PT, o que mais me motiva é preparar partido, buscando a unidade e incluindo a militância para defender o legado do PT”, disse.

“Este governo do PT e de seus aliados tem, neste momento, 1.500 obras ou ações realizadas e em andamento. É o governo que reduziu as taxas de pobreza em Sergipe para a condição de menor no Nordeste, é o terceiro colocado em renda, é um governo que fez investimentos no Estado inteiro. Só no programa “Sergipe Cidades” são R$ 250 milhões. Todas as cidades, sem exceção, seja governada pelo PT, DEM, PMDB, PSC ou outro partido, tem a presença do governo do Estado. É o governo que gerou 100 mil empregos com carteira assinada, que investiu R$ 1 bilhão em saneamento. A região metropolitana vai sair de uma cobertura de 32% de saneamento para 90%. Isto é investimento na qualidade de vida, na prevenção das doenças. Cada R$ 1 investido em saneamento gera uma economia de R$ 10 na saúde. Este legado precisa ser defendido, e o nosso partido precisa estar preparado para isto. É o compromisso ideológico com o PT e seu legado que me move”, afirmou.

Modificado em 30/09/2013 17:07