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PL de Juvêncio dará nome do ex-governador Seixa Dória à Rua de Aracaju

“O ex-governador Seixa Dória foi um verdadeiro herói sergipano. Foi um homem, que além de ter uma importância muito grande na história da nossa gente, lutou pelo progresso do nosso país. Poder homenageá-lo é uma grande honra não só como parlamentar, mas como cidadão, pois ele foi uma pessoa pública que amou e honrou verdadeiramente o seu Estado, onde seus ideais de justiça, integridade e dignidade permanecem até hoje em nossas memórias, principalmente para esta geração”.

Esta foi a afirmação do vice-presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Juvêncio Oliveira (DEM), que protocolou na Casa o Projeto de Lei (PL) que tem o intuito de homenagear o saudoso João de Seixas Dória. O projeto propõe colocar o nome do ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-governador de Sergipe, no logradouro público denominado por Rua Projetada, em toda sua extensão, no Bairro Aeroporto, na Zona de Expansão.

“Este pedido feito pelos moradores do Bairro Aeroporto me orgulha bastante, pois o ex-governador Seixa Dória foi um gestor que sempre procurou mudanças e melhorias para a sua gente. Realmente, ele é um grande incentivador para esta geração”, comenta Juvêncio.

A importância para nossa história

João de Seixas Dória nasceu na cidade de Propriá, Estado de Sergipe, no dia 23 de fevereiro de 1917, foi advogado, professor e político brasileiro. Foi governador do Estado de Sergipe até ser deposto pelo Regime Militar de 1964.

Filho de Antônio de Lima Dória e de Maria de Seixas Dória, ambos descendiam de tradicionais famílias da região. Complementou os seus estudos primários no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Fez o curso secundário no Colégio Marista da capital baiana. Entrou, inicialmente, na Faculdade de Direito do Estado da Bahia, transferindo-se, no segundo ano, para a Faculdade de Direito de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Formou-se em Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais nesta última Faculdade, em 1946. Voltou à cidade de Salvador e exerceu a advocacia num escritório próprio, largando a sua profissão para entrar na política. Casou-se com Meire Dória com quem teve dois filhos: Antônio Carlos e Ernane.

Antes de 1964

Na década de 1940, no governo do então Prefeito de Aracaju, Josaphat Carlos Borges, foi nomeado secretário da prefeitura de Aracaju, filiando-se a União Democrática Nacional – UDN, após o fim do Estado Novo, sendo eleito deputado estadual em 1947 e 1950, chegando ao posto de líder da bancada. Em 1954 e 1958, foi eleito deputado federal e integrou-se à Frente Parlamentar Nacionalista e em 1960 foi entusiasta da candidatura presidencial de Jânio Quadros, servindo-lhe como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados. Consumada a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, Seixas Dória integrou a “Bossa Nova” da UDN ao lado de nomes como o futuro presidente, José Sarney.

Em, 1962, já membro do Partido Republicano, foi eleito governador do Estado de Sergipe, derrotando o udenista Leandro Maciel. Assinou sob ressalva, o “Manifesto dos Governadores Democratas”, uma iniciativa do paulista Ademar de Barros. Aliado do então Presidente da República João Goulart, defendia as chamadas “reformas de base” a ponto de opor-se, via rádio, ao Golpe Militar que abreviou o mandato presidencial de João Goulart, em 31 de março de 1964.

Pós-golpe

Removido à força do governo do estado no dia seguinte, (1º de abril de 1964), Seixas Dória foi preso e levado à ilha de Fernando de Noronha, onde sua detenção findou por um habeas corpus do Superior Tribunal Militar – STM, quatro meses depois. Em seu lugar, foi empossado o vice-governador Celso Carvalho. Por força do Ato Institucional Número Dois, Seixas Dória teve os direitos políticos suspensos por dez anos a partir de 4 de julho de 1966, passando a viver às voltas com a agropecuária e à literatura. Encerrada a sua reclusão política ingressou no MDB e fez sua primeira aparição pública na convenção estadual do partido, em maio de 1978, e ali não poupou críticas aos seus contendores.

Coordenou a estratégia do diretório estadual nas eleições daquele ano e atuou em defesa da anistia e da redemocratização do Brasil. Beneficiado pela Lei da Anistia, sancionada pelo então Presidente da República João Figueiredo, filiou-se ao PMDB e foi eleito suplente de deputado federal em 1982, exerceu o mandato a partir de uma licença médica de José Carlos Teixeira, sendo efetivado após a vitória de Jackson Barreto, nas eleições para Prefeito de Aracaju em 1985.

Derrotado ao disputar um mandato de senador em 1986, foi nomeado secretário de Transportes pelo então Governador Antônio Carlos Valadares, em agosto de 1988, permanecendo no cargo por quatro meses. Assessor Político da Presidência da República nos últimos meses do Governo de José Sarney, foi secretário de Transportes no segundo governo de João Alves Filho, e depois, membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce.

Membro da Academia Sergipana de Letras, como sendo um de seus imortais, onde ocupava a cadeira de nº 32, e era autor de Sílvio Romero, jurista e filósofo e Eu, réu sem crime. Foi internado na UTI do Hospital São Lucas, em Aracaju, por complicações de saúde. Seus familiares informaram que morte dele teria sido motivada por complicações da idade avançada, mas o estado de saúde dele se agravou e o ex-governador faleceu no dia 31 de janeiro de 2012, aos 94 anos.

Aproximadamente um ano antes de seu falecimento, ele teria sofrido um acidente vascular cerebral e as condições de saúde se complicaram daí por diante.

O corpo dele foi velado no Palácio Museu Olímpio Campos, com todas as homenagens a este sergipano tão ilustre e importante para a nossa história. O enterro ocorreu no dia seguinte, no cemitério Colina da Saudade, em Aracaju.

Enviado pela assessoria 

Modificado em 18/10/2018 18:06

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