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“Petrobras não tinha interesse na instalação da refinaria em SE”, diz Graça Foster em resposta a Amorim

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), esteve por quase seis horas, diretas, na presidência conjunta com o senador e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias. Os parlamentares receberam a presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos sobre os desmandos na estatal.

O líder do PSC no Senado, ao participar do segundo bloco de perguntas, foi enfático ao indagar sobre os passos da Petrobras na transação da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. “Espero que não tenhamos a confirmação de um dos maiores escândalos da história da Petrobras, quem sabe, da história recente do nosso País. O que ficou claro é que todos os passos dados pela Astra foram medidos e calculados; já os passos dados pela Petrobras, com a aquisição da refinaria de Pasadena, podemos observar, que houve omissões dolosas, que trazem prejuízos”, afirmou Amorim.

“Quando teremos verdadeiramente o conhecimento desses culpados. Percebemos que a omissão das duas cláusulas foram prejudiciais. Se tivesse conhecimento, a presidente Dilma Rousseff não teria realizado a aquisição da refinaria nos Estados Unidos, essa omissão nos leva a crer que foi feita de propósito. Um desses responsáveis foi o senhor Paulo Roberto Costa, o mesmo que prometeu em Sergipe a construção de uma refinaria, ou seja, o sonho do sergipano virou um pesadelo”, comentou Eduardo Amorim.

Ao responder ao senador, a presidente da Petrobras afirmou que a área internacional foi quem conduziu o processo da compra da refinaria. Segundo ela, “houve participação da área do abastecimento, mas não é porque o ex-diretor, Paulo Roberto, está preso que agente coloque tudo na conta dele, não seria correto. Ele teve uma participação, mas não total”, disse Foster.

Para Graça Foster, os passos da Petrobras foram administrados. “Tínhamos muitos direitos sobre a Astra e isso custou às cláusulas de Marlim e Put Option, essa é a diferença. Você quer direito demais, acaba pagando mais”, respondeu.

Sergipe

Sobre o comentário do senador Eduardo Amorim, relacionado à instalação de uma refinaria em Sergipe, em Carmópolis, por meio da Costa Global e do Grupo Ref Brasil, que já tinha assinado um protocolo de intenções com governo do estado, numa negociação estimada em cerca de R$ 120 milhões, a presidente respondeu. “A Petrobras manifestou que não tinha o menor interesse nessas refinarias e não seria em hipótese nenhuma parceira delas, isso foi claramente passado ao ex-diretor”, afirmou Foster.

Geral

Em 2006, a petrolífera nacional pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria de Pasadena, um valor bem superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões. Dois anos depois, um processo arbitral nos Estados Unidos a levou a adquirir os outros 50% por US$ 820 milhões, devido a um contrato assinado, segundo o qual, se houvesse desentendimento entre os sócios, a Petrobras seria obrigada a ficar com a outra metade.

Modificado em 15/04/2014 18:50

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