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Pelas eleições tudo, menos honra

Por Silvio Santos

Depois de uma pré-campanha morna e escondida pela pandemia e marcada por poucos relevantes fatos políticos, chegou a hora do vamos ver. A hora em que os candidatos mostrarão seus programas suas plataformas e quem são seus aliados, parceiros de trincheira nessa batalha. Aliás, nesse item um alerta: não vai adiantar escondê-los.

A pré-campanha já mostrou que muitos dos candidatos evitarão o debate político. Já fico a imaginar como estes irão reagir diante das cobranças que virão do povo sobre o desemprego, a carestia, a falta de atenção às pessoas mais pobres e a falta de políticas de apoio aos pequenos e médios empresários. Destes, infelizmente nenhum tem aqueles contratos milionários com os governos para engordarem suas contas bancárias. Muito pelo contrário. Quase todos sofrem as consequências de uma política econômica que levou o país a recessão e, sobretudo tendo que suportar os efeitos da pandemia e a falta de ajuda dos insensíveis governantes em todas as esferas.

Mas, voltando a vaca fria, eu tenho visto algumas pesquisas. Nelas Marcelo Déda, após quase 07 anos de morto, continua sendo o principal cabo eleitoral em mais essa eleição. Da mesma forma que fora em 2014, 2016 e 2018. É impressionante a força do maior líder político da história de Sergipe.

Daí fica fácil entender porque, especialmente a mídia nativa – salvo poucas e honrosas exceções -, dia sim, dia também, tenta colocar Déda como alguém supra partidário. Um comovente esforço para colocá-lo em rota de colisão com a legítima pretensão do PT ter candidatura própria nesta eleição. As narrativas são tão forçadas que agridem a história contemporânea, deturpam os fatos e atentam a verdade. Aliás, ao ler certos coleguinhas, parece que leio o velho Nélson Rodrigues “se a versão não corresponde aos fatos danem-se os fatos”.

Como de costume toda eleição traz consigo uma imensa sujeira. Já aparece um vídeo apócrifo, montado como se Déda estivesse a falar mal do prefeito Edvaldo.

Como coordenador político da campanha da frente progressista que tem Marcio Macedo candidato a prefeito, defendo que nós do PT nos somemos a todos os esforços para investigar quem elaborou, divulgou e praticou tal delito. Não coadunamos com patifaria. Nós somos os legítimos herdeiros de Déda, um homem que fez política sempre em nível muito elevado. Que nunca perdeu o tempo que tinha para explicitar suas ideias com agressões ou achincalhes contra seus adversários. Não concordamos, jamais faremos e condenaremos sempre com muita veemência aquilo que já ficou caracterizado como o marketing do mal. Política para nós é algo essencial. Sublime. O embate político da nossa parte sempre será feito no campo das ideias e nunca, sob nenhum pretexto ou justificativa nos rebaixaremos a atitudes vis contra adversários políticos.

Aracaju, @s aracajuan@s e o legado de Marcelo Déda sempre terá o nosso respeito. Déda permanece vivo em nós. Em nossa memória, na nossa luta e em nossa honra.

Silvio Santos é jornalista, ex-vice prefeito de Aracaju, coordenador político da Coligação Aracaju de Todos Nós.

Modificado em 23/09/2020 17:06

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