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Parlamentar quer militares no comando do Brasil

O clima esquentou durante a sessão desta terça-feira, dia 17, na Câmara de Aracaju, após a exposição da atuação da Marinha feita pelo capital de Fragata da Capitania dos Portos de Sergipe, João Batista, quando o vereador Cabo Amintas (PTB), ao parabenizar a atuação das Forças Amadas no Brasil, afirmou que gostaria que os militares assumissem o comando do Brasil.

O vereador Isac Oliveira (PC do B), segundo secretário da Casa, discordou do posicionamento, considerando o discurso do Cabo Amintas como “vil”. “E quero lamentar que saia desse parlamento afirmações de tal grau. A Carta Magna não morreu e a Comissão de Ética dessa Casa ainda está viva”, lembrou.

Líder do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) na Casa, o vereador Professor Antônio Bitencourt, também comunista, considerou a declaração de Cabo Amintas um despropósito político à revelia dos interesses da história da democracia no país.

“O golpe militar estabelecido no Brasil em 64, vitimou milhares de brasileiros, inclusive militares. É preciso que alguns militares que hoje se arvoram na ideia de golpe militar como solução para o Brasil estudem a história. Somos um país que construímos uma democracia à custa de sangue, suor e lágrima. Essa Casa teve homens cassados pela ditadura militar e torturados. O papel que o militar deve cumprir é o de garantir a democracia”, disse.

Por sua vez, o vereador Cabo Amintas insistiu na ideia, ratificando que se os militares tomassem o poder no país, provavelmente, aliados dos comunistas estariam na cadeia. Amintas ainda disse que a farda intimida alguns políticos porque mostra a ordem que não existe no país.

“Pra mim, não houve ditadura, mas uma revolução no país. Muitas vezes, fardas como essa salvou a vida de comunistas como os senhores. Comissão de ética não me intimida. Alguns colegas devem se preocupar com as investigações sobre corrupção. Sei que dói em alguns ver um militar nesta Casa e ver um militar em Brasília candidato a presidente. Vai ser bem melhor para o filho e para os netos dos senhores. A revolução vai matar menos gente que a corrupção neste país”, afirmou.

Por Luiz Sérgio Teles

Modificado em 17/10/2017 19:16

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