Por Joedson Telles
Por mais que o Partido dos Trabalhadores tente, articule e até se esperneie, por razões óbvias, o governador Jackson Barreto, certamente, dará prioridade aos pleitos do prefeito João Alves Filho, caso este decida juntar os sonhos nas eleições deste ano. Evidente que isso em João resolvendo outros “problemas” – como romper a aliança que fez com Eduardo Amorim, em 2012, desistir de voltar ao governo pela quarta vez e dar o jeitinho brasileiro na questão nacional, já que vela o PSDB de Aécio Neves, enquanto JB é aliado da presidente Dilma Rousseff.
Mas, caso pouse no agrupamento de Jackson Barreto, João Alves, logicamente via alguém que ele indique, chegará como estrela. Seria como se a Seleção Brasileira de Futebol, que anda em baixa quando o assunto é atacante para jogar com Neymar, tivesse como nacionalizar o português melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, e o argentino Lionel Messi. Ambos não apenas seriam titulares como escolheriam camisas. O ridículo Hulk e o doente Fred seriam encostados sem deixar saudade.
Com mais sorte que a dupla pífia da seleção, o PT seria beneficiado pela matemática. A provável (certa?) ausência no grupo do PSB, leia-se do senador Valadares, lhe garantiria permaneceria na chapa, mas, óbvio, sem o êxito de conseguir apontar o nome para o Senado – sonho dos petistas. Exceto se João Alves optasse pela vice, mediante o acordo de JB apoiar, depois do seu mandato de quatro anos, o nome de João para o Governo do Estado, em 2018. Fora esta hipótese, seria de uma surpresa ululante o PT mostrar mais força no grupo que João Alves. Seria Hulk deixar Cristiano e Messi no banco. Alguém imagina?
O PT pode brigar entre si. Fazer meio mundo de reuniões. Juntar seus cacos num liquidificador tentando encontrar o sucedâneo de Déda. Entretanto, dificilmente conseguirá apagará da história que nas eleições de 2014 esteve nas mãos do seu maior adversário político em Sergipe, na tentativa de obter uma sobrevida política, sem atrapalhar o projeto Jackson Barreto 2014.
P.S. Não à toa, o prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva, ao defender aliança Jackson/João Alves mandou um recado ao PT: “um grupo bom é um grupo que vence o governo”, disse neste espaço.