“O PT aparelhou a Petrobras, o BNDES, o Banco do Brasil… buscando corrupção”, diz Samuel Barreto

Oposição rechaça juízo de Francisco Gualberto sobre “golpe” contra o PT

Por Joedson Telles

Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Capitão Samuel Barreto (PSL) afirmou, ao comentar as declarações do líder do governo, Francisco Gualberto (PT), para quem “golpista neofascista não vai tomar o poder sem reação”, que está pronto para encarar o debate proposto pelo adversário sobre temas envolvendo o Governo Federal e denúncias de corrupção. “Até porque nem é preciso estar tão preparado assim. A baboseira, as asneiras e os roubos que estão sendo feitos em nível nacional impetrados em todos os ramos do Governo Federal pelo atual gestor, o PT, não torna nem difícil esse trabalho”, ajuizou, ao ser entrevistado pelo Universo.

Segundo Samuel Barreto, os exemplos são péssimos para as famílias honestas, trabalhadoras. Para as famílias que conseguem seus sustentos soando no trabalho, assistir à canalhice que é feita em nível nacional não tem exemplo pior. “Estamos vendo o PT, que aparelhou a Petrobras, o BNDES, o Banco do Brasil, diversas instituições, diversas denúncias, justamente buscando corrupção. Claro que eu jamais vou generalizar. Como tem gente ruim de um lado tem gente ruim do outro. Tem muita gente boa no PT. Mas queria muito ver os petistas honrados, que eu sei que são muitos, expulsando esses bandidos que estão tomando conta do país, roubando o dinheiro e usando a sigla do PT”, desafiou.

Samuel Barreto salientou que, ao argumentar recorrendo a palavra golpe, o PT mostra-se incoerente, já que encabeçou inúmeros atos visando o impeachment do ex-presidente da República, Fernando Collor de Melo. “Quando foi pra tirar Collor não era golpe. Como agora são eles que estão no poder é golpe. Golpe quem está dando é o PT no dinheiro nacional, nas estatais e em todas as empresas. Isso que é um golpe que nós estamos vendo todos os dias sendo denunciado, mas quem denuncia é golpismo. Com Collor não era golpismo, agora é golpismo? Roubou um Fiat Elba tinha que sair. Não era golpe. Agora roubar R$ 80 bilhões, só da Petrobras, é golpe? Isso não cola mais”, disse Samuel.

 

Ex-líder da oposição, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) também prometeu não deixar nada sem resposta. O deputado também recorreu ao caso Collor de Melo para sustentar o argumento de que o PT é um partido incoerente. “Foi golpe tirar Collor do governo? Teve participação efetiva do PT. O PT era oposição na época. Collor foi retirado do poder com uma renúncia, e, mesmo com a renúncia, teve o impeachment. Não que o deputado Venâncio Fonseca seja a favor do afastamento da presidente. Eu acho que quem deve afastar político é o povo através do voto. O povo tem que se conscientizar melhor, saber votar melhor, tem que saber acompanhar o trabalho dos seus representantes pra depois não estar numa situação como essa. Mas deve haver regras no jogo”, disse.

Segundo Venâncio, quando um político, durante a eleição, faz sua campanha, inclusive nos debates, mostrando seu plano de governo, mas, uma vez eleito, não age de forma coerente com este programa isso, sim, é um golpe. “Um estelionato político. Tem que responder no mínimo por esses acontecimentos. Tem que dar uma satisfação ao povo. Como é que eu lhe peço o voto, digo que vou me comportar desta maneira, mas, após o resultado, tomo posse e faço tudo ao contrário? Isso é o famoso estelionato político. O candidato era o marqueteiro? São essas coisas que devem ser discutidas no país”, acredita.