body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

O novo palanque de Valmir de Francisquinho

Por Joedson Telles

Pelo menos até se pronunciar, hoje às 17 horas, sobre o seu imediato futuro, o inelegível Valmir de Francisquinho seguirá atraindo os holofotes da política de Sergipe. Dado o crescimento da sua finada candidatura, formalizado por praticamente todas as pesquisas que o apontam em primeiro lugar, um suposto apoio de Valmir pode ser decisivo para a eleição do próximo governador.

O candidato Valmir está fora do jogo, mas o homem Valmir, o político Valmir segue vivo. Não pode mais ser candidato, mas, certamente, não irá para Paris. Terá candidato? Acredito que sim. Mas quem? Qual o novo palanque de Valmir? Eis as indagações pertinentes aos que acompanham a política genuína.

Durante o processo da campanha eleitoral, e nada mais natural, Valmir trocou farpas com todos os adversários, que, segundo as pesquisas, têm chances reais de vencer o pleito. Bateu e levou. Cobrou e foi cobrado. Nada no terreno pessoal, é verdade. Mas há outros pontos importantes a serem levados em conta, no momento que um político decide apoiar outro.

Sem falar que Valmir tem a obrigação moral de não pensar apenas nele mesmo: o candidato ao Senado Eduardo Amorim e outros aliados seguem na disputa. Precisam e querem o melhor de Valmir. O seu eleitor merece uma resposta sincera.

Acredito, inclusive, que, neste momento, Valmir cura a ressaca da derrota no TSE, discutindo com pessoas mais próximas seu futuro. Valmir não pode se permitir ao luxo do luto da sua candidatura. A eleição é domingo. Precisa ser açodado na sua definição.

Se optar pelo candidato Alessandro Vieira terá que admitir e explicar aos seus eleitores que Alessandro estava correto em tudo que disse sobre ele, antecipando, inclusive, a sua saída da disputa. Já um acordo com Fábio Mitidieri, certamente, será criticado pela incoerência de Valmir em bater no governo.

A candidata do Psol, Niully, mostrou nos debates que não há clima para se unir a um bolsonarista. Aliás, este é o ponto que pega também para Valmir dialogar com o candidato do PT, o senador Rogério Carvalho, que, sempre tencionou a posição de Valmir por ser bolsonarista. Lula e Bolsonaro “juntos” por tabela? O eleitor aceitaria isso?

Evidentemente, o fato de Valmir avaliar o menor desgaste possível e aderir a uma destas candidaturas não quer dizer que, automaticamente, todos as pessoas que queriam votar nele optarão pelo mesmo candidato. Nada disso. Outros pleitos já provaram o quanto é difícil transferir votos. Todavia, numa eleição confusa, insólita e gelada, não duvido que qualquer incentivo tenha peso na decisão do eleitor. O peso do pato.

 

 

Modificado em 29/09/2022 15:43

Universo Político: