“O juiz deve ser distante do processo, mas não é feito de barro”, diz Evaldo Campos sobre Moro

Na manhã desta quarta-feira, dia 12, o advogado Evaldo Campos fez uma avaliação das conversas mantidas entre o então juiz federal, e hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallagnol, que foram reveladas, na última semana pelo site The Intercept. Para Evaldo, há o erro na comunicação de ambos, mas nada passível de anular o processo.

“O juiz deve ser um cara distante do processo, mas não é feito de barro. Ele sofre a influência da população. Por mais que ele queira afirmar sua imparcialidade, ele é ser humano. O juiz que mora numa cidade onde os crimes acontecem numa praça pública vai ser sereno? Existem esses erros, mas Lula, aquele mentiroso, aquele desviador de recursos, não merece o respeito da sociedade brasileira. Lula foi um pobre que foi eleito e devolveu a esperança ao povo, mas gostou do mel e comeu até lambuzar-se. Ele nunca foi um ser de compromisso ideológico. Lula não é esquerda coisa nenhuma. É um grande vigarista que deu um golpe no povo brasileiro”, afirmou.

Ainda sobre o áudio vazado, Evaldo Campos disse que está havendo um seccionamento das falas de Sérgio Moro e Dallagnol e que algumas palavras fora do contexto podem mudar o discurso, o que torna absolutamente inválido.

“Deveria se pegar o texto inteiro para saber, e, mesmo assim, Sérgio estaria sujeito, talvez, há uma punição administrativa. O processo não estaria nulo somente por isso até porque não houve ataque no momento oportuno e a sentença foi validada por dois tribunais. Dizia-se que Sérgio fez aquilo porque queria ser ministro. Naquela época Jair Bolsonaro nem candidato era e quando passou a ser candidato ninguém acreditava nele. Eles podem ter discutido que era melhor pegar um processo agora e outro depois por uma questão de sequenciamento de uma prova influenciar a outra. É uma interpretação que faço”, disse.

Do Universo, com informações da Fan FM