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“O desespero é tirar Dilma para enfraquecer o PT, e Lula não voltar em 2018”, afirma Gualberto

Por Joedson Telles

Gualberto: o PT é um incômodo as elites 

O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) observou, nesta quarta-feira, dia 9, que a manifestação programada para o próximo dia 13 e outros comportamentos assistidos no Brasil, sobretudo nos últimos dias, mostram claramente que há um esforço muito grande para tentar não apenas tomar o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), mas também desgastar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) numa tentativa de impedir uma possível volta dele à Presidência da República, nas eleições de 2018.

“A elite conservadora da direita, da política, dos meios de comunicação e econômica perderam espaços por 13 anos. Viram pobre passar a comer, sem teto passar a ter moradia, quem vivia na escuridão ter luz elétrica, filho de pobre nas universidades, brasileiros pobre estudando fora do país, uma série de transformações, que apesar de não alterar a estrutura do capital, alterou as relações sociais, o que eles nunca fizeram em mais de 500 anos de governo. Portanto, isso é um incômodo que tem que ser afastado. E trabalham para ao mesmo tempo matar vários obstáculos: o desespero é tirar Dilma para enfraquecer o PT e, assim, Lula não voltar em 2018. Este é o jogo desenhado. E a Globo joga toda manipulação”, disse Gualberto.

O deputado petista salientou, entretanto, que não adianta querer aplicar um golpe na democracia porque não será possível. “Não é com um golpe branco, sem a farda dos militares, mas com estes setores aos quais me referir, que a luta de classes vai parar no Brasil. O pobre vai ter agravada a sua condição de pobre porque elite nunca olhou para pobre… A maioria dos criminosos é jovem de 20, 22, 23 anos com origem na fome do passado. O preço do abandono da elite no passado estamos pagando hoje. Lógico que a miséria não é a única razão da violência. Mas é uma das razões. Há 15 anos, existia concorrência nas feiras populares entre quem estava comprando e quem estava pedindo esmola. Era a realidade do PSDB. Do DEM. O governo deles. Portando, o desespero. O país mudou”, disse Gualberto.

 

“O que há é uma disputa de projeto. Não é combate à corrupção”, diz Gualberto

O deputado estadual Francisco Gualberto afirmou que não existe interesse no combate à corrupção, como propagam veículos de comunicação tipo a Rede Globo. “O que há é uma disputa de projeto. Não é combate à corrupção. É o desespero da elite e uma tentativa de golpe, por mero choro político de perdedor”, define.

Francisco Gualberto afirma que o combate à corrupção é necessário, mas desde que seja feito nas formas da lei, sem privilegiar uns e condenar antecipadamente outros. “As ações de (Sérgio) Moro não significam o combate à corrupção no Brasil. Existem políticos do PSDB e de outros partidos de oposição que já foram denunciados em delação premiada e sequer foram chamados para prestar depoimento. Ele protege os aliados do PSDB e condena aquele que ele quer tirar do poder”, analisa o deputado.

Um exemplo disso, segundo Gualberto, é a Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga há um ano um dos maiores escândalos de sonegação fiscal no país. “Existe até envolvimento da Rede Globo e afiliadas, assim como de políticos do PSDB e DEM, mas ninguém vê uma manchete sobre isso nos telejornais”, critica Francisco Gualberto. “Não dá para enganar ninguém de bom senso. Por isso que ficamos indignados com essas coisas. O povo está sendo usado, principalmente pela Globo, para cair nessa arapuca”.

O deputado petista ficou indignado ao ver na televisão políticos como Agripino Maia (DEM/RN) e Aécio Neves (PSDB/MG), ambos denunciados por delatores da Lava Jato, convocando a população para sair às ruas em protesto contra a corrupção. “Uma pessoa que construiu um aeroporto num terreno do tio com dinheiro público, agora quer falar em combate à corrupção”, disse, em alusão a uma ação de Aécio quando era governador de Minas Gerais.

Em seu discurso, Gualberto mostrou as ligações do juiz federal Sérgio Moro com o PSDB do Paraná, citando inclusive uma informação que circula nas redes sociais na qual o pai do juiz seria o fundador do partido tucano na cidade de Maringá (PR). “O que vemos é que o mesmo delator no processo da Lava Jato, quando cita alguém do PT ou PMDB, a delação fica valendo. Mas quando cita alguém do PSDB, aí não vale. Me parece que ele é um caçador de corruptos de uma perna só, como um Saci, ou um caolho”, reclama o deputado.

Crise do capitalismo

Para Francisco Gualberto, o objetivo disso tudo é interromper o projeto iniciado por Lula no governo federal porque isso incomoda bastante a elite brasileira. “Não é somente a questão de tirar Dilma do poder”, disse. “O capital quer recuperar o espaço que tinha há 12 anos. Os ricos querem ficar cada vez mais ricos, enquanto que os pobres que sejam cada vez mais pobres”, analisou, citando a crise mundial do capitalismo que nos últimos anos atinge países como a China, Grécia, Espanha, Itália, dentre outros. “Não adiantará golpe na democracia brasileira. A luta de classes não morrerá com esse golpe. Mesmo que tenha, o que eu não acredito”.

Enviado pela assessoria 

 

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