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“O delegado tinha a obrigação mantê-los presos”, diz deputado

Gilmar: flagrante não foi lavrado porque era o enteado do secretário João Eloy

Gilmar: delegado passou a mão na cabeça

Por Joedson Telles

O deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD), ao ajuizar sobre o episódio envolvendo um enteado do secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, o jovem Ítalo Bruno Araújo Fonseca, acusado de apontar uma arma da SSP contra um taxista e anunciar um assalto, na madrugada do domingo, dia 25, nas imediações da Coroa do Meio, deixou evidente que o delegado não lavrou o flagrante pelo fato de se tratar de um familiar do secretário de Segurança Pública.

“O delegado tinha a obrigação legal de lavrar o flagrante e mantê-los presos”, disse referindo ao enteado de João Eloy e Eduardo Aragão de Almeida, um amigo dele, que também está sendo acusado. “Estavam com armas da secretaria de Segurança e das Forças Armadas. Nada justifica o delegado não ter feito o flagrante. O inquérito não pode ser presidido por este delegado. Se fosse outra pessoa, ele teria deixado atrás das grades”.

O deputado salientou ainda que entende o sofrimento do secretário João Eloy que, aliás, é seu amigo, mas observou que o taxista foi abordado por Ítalo que portava uma arma de grosso calibre. “Fragiliza a segurança pública para a opinião pública. Quando é com Fulano de Tal a situação é uma, mas com João Eloy é outra. Sou amigo de João Eloy, sei a sua dor. Mas ele tome muito cuidado para não passar para a opinião pública que ele é culpado. O delegado Augusto não lavou o flagrante porque era enteado de João Eloy, mas a lei é para todos”, observou.

Na manhã desta segunda-feira 26, o secretário adjunto de Segurança Pública, João Batista, a superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitosa, e o comandante da Polícia Militar, o coronel Maurício Iunes, concederam uma coletiva. Os três disseram que tudo será apurado com o rigor da lei, inclusive a mando do próprio João Eloy, mas não explicaram o que levou o delegado a não lavrar o flagrante, já que haviam armas, mas não portes.

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