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Nós podemos fazer alguma coisa

Por Will Rodrigues

Na semana passada, quando esperava o ônibus na volta da faculdade, um rapaz sentou ao meu lado e começou a lamentar a falta de segurança da região onde estávamos. Ao final do monologo, uma frase do trabalhador chamou a minha atenção. Ele disse: Dia 5 vem aí. É o momento em que nós podemos fazer alguma coisa.

Desde então, as palavras daquele homem não param de reverberar em minha cabeça, porque corroboro do sentimento dele. Vivemos em um país onde ainda há muito que se fazer na busca pela qualidade de vida de toda sociedade. Contudo, enquanto a nossa atitude enquanto cidadãos for apenas a de ir às ruas gritas – e nos casos mais desmedidos, destruir o bem público – não daremos um passo se quer rumo à tão sonhada qualidade de vida.

Sendo assim, só há uma forma eficaz de transformar a realidade em que vivemos: ser prudente ao votar, no primeiro turno das eleições no dia 5 de outubro. Sim, a medida em que nós escolhermos bons gestores para a máquina do governo, poderemos começar a vislumbrar um futuro melhor e de verdadeiros avanços em nossa nação.

Ainda que muitos defendam o contrário, o voto é sim uma arma de transformação social. Todavia, ao longo dos anos, os brasileiros não souberam utilizá-lo para tal. E assim, eleição após eleição nos acostumamos a defender interesses pessoais, sendo guiado pela emoção que nos leva a votar naquele (a) com quem simpatizamos.

Uma música antiga do cantor João Alexandre, nos questiona “Onde andará a justiça outrora perdida? Some a resposta na voz e na vez de quem manda. Homens com tanto poder e nenhum coração. Gente que compra e que vende a moral da nação. Como será o futuro do nosso país?”. A resposta para essas questões estará na ponta dos nossos dedos no próximo domingo e nós seremos responsáveis pelo que vamos colher nos próximos quatro anos.

Por isso, convido você a fazer a seguinte reflexão. Domingo seremos como flecheiros que precisam acertar o alvo, mas só tem uma chance para isso. Portanto, pense bem como você vai lançar a sua flecha quando estiver diante da urna. Se nós continuarmos errando o alvo, continuaremos sem ver as mudanças que tanto cobramos quando estamos nas redes sociais, nos pontos de ônibus, nas filas de hospitais, ou na rua, como fizemos no ano passado.

Por fim, eu lembro as declarações da jornalista Amanda Neuman, que em outra postagem citei. “Gritar um montão de coisa na rua é fácil demais. Gritar no estádio arrepia a galera. Reclamar do governo atual ou dos que se apresentam como candidatos é mais fácil ainda. Eu tô é guardando minha revolta pro dia 5 de outubro, ali naquele lugar em que só eu sei da minha escolha. Ah, lá eu vou me revoltar demais!”.

Então, meu amigo internauta, no próximo dia 5, revolte-se. Pois como canta Paulo César Baruk “Só com muito amor a gente muda esse país, Nós os filhos Seus temos que unir as nossas mãos em nome da justiça, por obras de justiça…Transformar o mundo é uma questão de compromisso”.

Um Abraço e não erre o alvo, você pode fazer muita coisa!

 

Will Rodrigues é estudante de jornalismo

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