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Nem Déda, nem Rogério. Petistas da Articulação de Esquerda querem Ana Lúcia ou Iran para o Senado

Dudu: “você não vota em quem não acredita”

Por Joedson Telles 

Quando o assunto é nome do Partido dos Trabalhadores para a disputa do Senado Federal, em 2014, na provável aliança com Jackson Barreto, que já se declarou pré-candidato ao governo, é praxe o nome do governador Marcelo Déda surgir no automático. Recentemente, ventilou-se também que o deputado federal Rogério Carvalho, em Déda não indo à disputa, meteria a cara. Dentro do PT, porém, apesar de os debates de praxe sequer terem data para começar, já surgem as primeiras advertências.

A corrente Articulação de Esquerda, por exemplo, acredita que o PT, obrigatoriamente, precisa estar na chapa majoritária, indicando o nome do candidato a senador, mas seus membros não demonstram disposição para defender uma candidatura de Déda ou Rogério. Passam a nítida impressão que os companheiros já não correspondem às expectativas criadas internamente, e, posteriormente, levadas à sociedade, tendo a promessa de mudanças como papel de presente. Exagero? Não diria isso. Dá só uma olhada no que solta o petista Joel Almeida, sindicalista diretor do Sintese.

“Como filiado ao PT, no momento de discutir os nomes do PT para o Senado, eu não defenderei o nome de Déda. A gente (A Articulação de Esquerda) apresentará outro nome. Se o nome de Déda for o que passar, a gente fará o debate. Fará a defesa interna de outro nome que simbolize renovação. Estamos acostumados ao Senado Federal servir de aposentadoria para ex-governadores, mas há tantas coisas importantes para serem feitas ali. Tanta gente nova que poderia dar uma contribuição muito grande. Tem que parar com esse negócio de que Senado é aposentadoria de governador”, ajuizou Joel Almeida.

Sobre uma possível candidatura do presidente do PT, Rogério Carvalho, ao mesmo Senado, outro petista da Articulação de Esquerda, o professor Rubens Marques, o Dudu presidente da CUT/SE, ajuíza em harmonia com Joel Almeida. Perceba nas palavras do petista como o PT é um partido que ao mesmo tempo espelha democracia e ser uma legenda sem muito apreço aos seus líderes. Tudo depende do ângulo que se observe a temperatura.

Joel Almeida: “Senado Federal serve de aposentadoria para ex-governadores”

“Não quero me antecipar ao debate, mas tenho posição crítica aos métodos de Rogério Carvalho. Ao método que ele opera. Se depender de mim, será Ana Lúcia ou Iran. Não tenho disposição para defender uma candidatura que opera como Rogério opera. Você vota em quem você acredita. Você não vota em quem não acredita. Vota para melhorar. E uma coisa que me deixou com o pé atrás, em relação a Rogério Carvalho, foi a forma como ele implantou a Fundação Hospitalar de Saúde. Quem se serve da Saúde Pública sabe o que estou falando: as fundações são a tragédia da saúde pública, e Rogério empurrou de goela abaixo. Fizemos um debate amplo com o Ministério Público, o Sindicato dos Médicos, os servidores, mas ele foi para cima e atropelou. Se ele agiu assim como acreditar neste candidato? Está dizendo que vai agir assim. Quando você vê as fundações vê Rogério”, diz.

Joel Almeida observa que o grupo Articulação de Esquerda faz parte do PT há muitos anos, mas nunca teve espaço para colocar um candidato para disputar um cargo majoritário. “No ano passado (eleição para prefeito de Aracaju) lutamos muito nos espaços internos para que o partido tivesse candidato, tivemos votação, perdemos, foi Ana Lúcia e Rogério, e depois o PT abriu mão da candidatura (optou por Valadares Filho).  Se Ana Lúcia tivesse vencido, não teríamos aberto mão”, diz Joel Almeida, entendendo que houve uma manobra para excluir Ana Lúcia nas prévias do PT, porque seria mais difícil optar por Valadares Filho se ela fosse o nome do partido. “A militância não aceitaria isso”, disse. O PED promete ser uma espécie de Copa das Confederações, antes de 2014, quando teremos Copa do Mundo e eleições para o Senado.

Modificado em 19/08/2013 10:02