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“Não vai ser de repente que você vai construir um cidadão para disputar a prefeitura da capital”, diz Ana Lúcia

“O próprio Zezinho vai perceber que Aracaju sempre teve um perfil progressista”

Ana: explicando opção por Edvaldo

Por Joedson Telles

Descartando apoiar a pré-candidatura de Zezinho Sobral (PMDB) a prefeito de Aracaju – e ratificando sua preferência pelo pré-candidato Edvaldo Nogueira (PC do B) -, a deputada estadual Ana Lúcia (PT) avalia que o governador Jackson Barreto (PMDB), que já esteve filiado a outros partidos, historicamente, sempre teve um bom relacionamento com o PC do B. Ana lembra que houve momentos em que o próprio PT não aceitava fazer aliança com partidos que Jackson estava liderando, não por ele, mas pela legenda. Todavia, o PC do B nunca criou obstáculos. “A figura do Jackson sempre teve uma boa relação política com o PC do B, que sempre teve um bom diálogo com o líder Jackson. Então, não acredito que Jackson tencione muito em relação a Edvaldo Nogueira. Ele está defendendo a candidatura do seu partido, de uma pessoa que é de sua inteira confiança, mas acho que o próprio Zezinho Sobral, como técnico, vai perceber que uma capital como Aracaju sempre teve um perfil progressista. Não vai ser de repente, assim, que você vai construir um cidadão para disputar a prefeitura da capital. Jackson já construiu duas pessoas, mas ambas aracajuanas. Nascidas e criadas aqui. Mais reconhecidas do que a figura do Zezinho, que sempre dedicou a vida política dele a Laranjeiras”, ajuizou.

A deputada do PT avalia que nos quadros do PMDB de Sergipe apenas o governador Jackson Barreto é reconhecido como um político que historicamente sempre foi da esquerda. Um político com o perfil ideológico do PT e do PC do B. “As demais pessoas do PMDB têm um perfil, uma concepção mais forte numa linha conservadora. Mas a liderança de Jackson prepondera sobre essas ideias conservadoras dos seus liderados. Coloco aqui o voto do deputado Fábio Reis (do PMDB pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff). O voto de um jovem, mas um voto conservador e que não seguiu seu líder, Jackson Barreto. Política você tem que ter lado. Tem que pagar o preço”, disse Ana Lúcia.

Edvaldo Nogueira

Segundo Ana Lúcia, a mobilização é forte dentro do PT em prol de Edvaldo Nogueira. A pré-candidatura do PC do B, salienta, não está passando apenas por uma tendência, mas por duas ou três tendências. “Todas as tendências reconhecem que a pré-candidatura de Edvaldo é muito leve dentro do Partido dos Trabalhadores. Mas claro: temos várias forças dentro do partido e, na hora do voto, as forças centralizam. E hoje isso é muito equilibrado: não temos mais um líder carismático como Déda, que a gente brigava, discordava, mas quando chegava na hora ele conseguia aglutinar todas as forças. Tinha um poder de articulação e argumentação muito forte. Uma liderança que, mesmo com todas as divergências, no final, a gente seguia. Hoje não é mais assim. Ninguém tem este perfil. A própria juventude não aceita mais este perfil”, explicou.

Ana Lúcia justifica a opção por Edvaldo Nogueira observando que o PC do B é um partido de ideológico, de esquerda e programático assim como o PT, e que sempre as duas legendas caminharam juntas desde a redemocratização. “Portando, tem um perfil que se enquadra bem melhor dentro desta conjuntura para dialogar com o PT. O próprio Edvaldo reconhece o valor e a força do PT. A sua história. E, pelo fato de estar vivendo uma crise no país e no partido, o PC do B tem sido o partido mais solidário ao PT. Formamos uma Frente de Esquerda em todo o Brasil. Todas estas razões fortalecem o nome do PC do B, que coloca o nome de Edvaldo para Aracaju”, disse Ana Lúcia.

Provocada sobre a possibilidade de o PT, assim como fez o PSB, entregar os cargos ao governador Jackson Barreto e ficar livre para tomar o caminho que quiser, já que ele não decidiu ainda entre Edvaldo Nogueira e Zezinho Sobral, Ana Lúcia lembrou que o agrupamento petista ao qual ela faz parte, Articulação de Esquerda, não tem cargos no Governo do Estado. “O PT como um todo, eu acho que Jackson não aponta para isso. Os agrupamentos do partido não estão propondo romper com Jackson. Nem está propondo isso o PC do B”, explicou Ana Lúcia.

Modificado em 09/06/2016 07:59

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