O deputado estadual e vice-líder da oposição Augusto Bezerra (DEM) usou a tribuna da Assembleia Legislativa no grande expediente, na sessão da tarde desta segunda-feira 16, para fazer uma prestação de contas no tocante à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Telefonias, que tem como presidente o líder da oposição na Casa, deputado Venâncio Fonseca (PP), deputado Zezinho Guimarães (PMDB) como vice-presidente, deputado Augusto Bezerra(DEM) como relator, e tem como membros os deputados Zé Franco(PDT) e Jeferson Andrade(PSD). Segundo Augusto, com a CPI da Telefonia fica criado o Procon da Assembleia Legislativa.
“Todas as Assembleias têm esse setor que funciona para que a população procure para fazer suas reclamações. Isso vai ficar juntamente com a comissão dos direitos do consumidor. Não se pode abrir uma CPI se não tiver um fator determinante. O fato determinante está em todo o estado de Sergipe. Pagamos caro para usar um aparelho celular que não tem uma cobertura e a população e os deputados se conformaram e não fazem um movimento, porque ponto negro só na capital sergipana tem mais de 50. Você passa na frente do Hiati a linha cai, na frente do Shopping Riomar a linha cai, na rua de Alagoas e a linha cai”, disse o deputado, salientando que existem pessoas que sobrevivem com o celular como instrumento de trabalho.
Mostrando-se indignado com a situação da telefonia, o deputado registrou que, com a ajuda do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública, a CPI irá resolver que a partir do relatório final seja proibido a vendagem de chips em novos celulares. “Não tem como continuar vendendo chip e enganando as pessoas. Você vai para Santa Rosa e não pega celular, mas vendem chips para essa população. As televisões não falam em CPI talvez porque em todos os canais de televisão é cheio de propaganda. A Câmara Federal ate hoje não teve coragem de abrir a CPI da Telefonia. Deputado Venâncio, presidente da UNALE, encaminhou com mais 13 estados a CPI da Telefonia. Eles dão plano de investimento e não tem”, assegurou Augusto.
O deputado também disse que o “mais sério é que eles preferem indenizar e fazer um acordo do que melhorar a condição de funcionamento. Você não consegue desligar uma linha sua sem passar no mínimo uma hora. Eu acho que empresa particular é para faturar mesmo, mas que preste um bom serviço. Têm pessoas que para falar dentro de uma repartição tem que sair pra rua. Aracaju precisa de mais 20 a 30 antenas. Vai para o Procon quem tem prejuízo grande, quem perde R$ 10 reais não vai. Imagine isso em 250 mil linhas . Vou aguardar o deputado Venâncio marcar a leitura final. Não podemos ingressar com novos números se os que tem a telefonia não consegue respeitar as quatro operadoras”, finalizou.
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