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“Não podemos deixar que o ódio comprometa o bem-estar da coletividade”, afirma Dr. Manuel Marcos

Debates acalorados acerca da criminalização da LGBTfobia, motivaram o vereador Dr. Manuel Marcos (PSDB) a utilizar a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta quarta-feira, 19. A decisão já foi consolidada pelo Supremo Tribunal Federal e enquadrada como crime de racismo há cerca de uma semana. Entretanto, a pauta ainda é alvo de dúvidas e questionamentos nos parlamentos, incluindo o Legislativo da capital sergipana.

“A partir do momento que temos a capacidade de amar ao outro, nós vamos aprender a respeitar. Infelizmente, vivemos em um mundo que faz um palco extraordinário de ações desumanas por falta de respeito e compreensão à orientação e identidade de nossos semelhantes. Não podemos deixar que o ódio comprometa o bem-estar da coletividade, tampouco, afete a segurança de nossos semelhantes”, ressalta o parlamentar.

Diante do exposto, diversos vereadores apartearam o discurso. Entre vertentes teológicas, de identidade de gênero e sob o viés de valores pessoais, o tema gerou alvoroço no Plenário. Na ótica da vereadora Emília Correia (Patriota) a empatia sempre deve prevalecer. “Verdadeiramente se houver respeito e o amor ao próximo que Jesus Cristo pregou, a gente não vai disseminar o ódio nem ter preconceito com absolutamente ninguém. Ao contrário, nós vamos cuidar e zelar pelas pessoas”, argumenta.

Contrapondo, o vereador Partos Carlito Alves (PRB) defende veementemente que a LGBTfobia não seja interpretada como racismo. “Se eu tiver que ser crucificado por defender o evangelho do meu Cristo, eu não vou ficar em cima do muro. LGBT não é racismo, não pode ser considerado prática de racismo porque é uma escolha. Diferente da cor que, você já nasce”, apregoa.

Em soma, Américo de Deus (REDE) acrescenta que “as pessoas são diferentes, pensam de maneira diferente, mas é preciso respeitar a individualidade de cada um. Se o corpo é seu, então, você faz o que quiser com seu corpo. Quem sou eu para discriminar a sua ação ou seu modo de conduzir seu patrimônio pessoal e julgar a sua vida”, questiona.

Já Armando Batalha Jr (Cidadania) reforça que a questão não deve ser debatida pelo viés teológico. “Muito se propagam sobre amor ao próximo e poucos aplicam. A prática vem ao tentar evitar jogar reputações ao lixo, divagações ou lançar palavras infundadas”, opina.

Em apoio ao parlamentar tucano, Bigode do Santa Maria (MDB) diz que “vossa excelência é a realidade de que o amor só colabora. Como vereador, já precisei de ti várias vezes para salvar a vida de diversas pessoas carentes e o senhor não sonegou a ajuda nenhuma vez”.

Compartilhando da mesma linha de pensamento, Cabo Amintas (PTB) afirma que “o senhor, Dr. Manuel Marcos, é o retrato do amor ao ser humano e as vidas que salvou demonstram seu olhar humanizado”.

Em desfecho, o vereador Elber Batalha (PSC) endossa: “estão divulgando que pastores e padres não poderão falar mais na pregação sobre a homossexualidade. É bom a gente sempre explicar que o que se está criminalizando é citação a violência, instigar ofensas com palavras desmerecedoras”.

Por Lucivânia Pereira

Modificado em 19/06/2019 18:40

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