“Não foi bala perdida. Foi intencional. Isso é o avanço do fascismo e do ódio”

Juízo é da deputada Ana Lúcia, acusando policiais militares de atirarem matando jovem

Por Luiz Sérgio Teles 

A deputada estadual Ana Lula (PT) lamentou a morte de um jovem de 22 anos, no município de Brejo Grande, após ser alvejado por tiros de revólver, durante uma cavalgada em comemoração ao Dia dos Pais, no último domingo 12. A deputada aponta policiais militares como autores dos disparos, repudia a ação e cobra punição. “Não foi bala perdida. Foi intencional. Isso é o avanço do fascismo e do ódio no coração das pessoas”, disse a parlamentar indignada com o fato, ao fazer uso da Tribuna da Assembleia Legislativa, , nesta segunda-feira, dia 13,  

Diferente do que foi veiculado por setores da imprensa, que o jovem teria entrado em luta corporal com o PM e a arma teria disparado acidentalmente, a deputada assegurou que o jovem apenas se dirigiu até os policiais para ver um amigo dele que tinha sido preso, após uma confusão que aconteceu na festa.

“O policial pediu para ele se afastar. Assim que ele se afastou o policial deu um tapa no rosto dele, o mesmo ou outro deu um tiro no pé dele. Ao cair, outro policial deu um tiro na nuca. Isso foi testemunhado por dezenas de pessoas que estavam lá. A revolta foi tão grande que a população fechou a entrada da cidade como forma de manifestação”, relatou.

Ana Lula disse que já há informações que o policial foi afastado e espera que a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar apurem o caso e afastem em definitivo os policiais envolvidos. “Quando a gente defende a desmilitarização é que a Policia não pode ser formada para encarar a população como se estivesse uma guerra civil, porque nessa guerra só morrem os pobres e negros das periferias das cidades ou dos povoados”, disse.

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