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“Não compreendo avanço quando a miséria aumenta”, diz Gualberto

“A economia cresceu para servir a quem? Para trazer qual efeito social?”, indaga

Por Joedson Telles

Nesta terça-feira, dia 12, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) alertou que há informações divulgadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), sobretudo na área econômica, que parecem boas, mas são ruins para a maioria da população. “A Bolsa de Valores subiu três pontos, hoje, por exemplo. Quando isso é anunciado é bom para quem? É preciso a gente perguntar essas questões ao cidadão que está lá na Soledade, sem emprego, sem ter o que comer, sem amparo social… Interessa a ele? Mas, como a grande mídia coloca, parece que alguma coisa avançou no Brasil. O IBGE acabou de divulgar que 20 milhões de pessoas entraram na linha da miséria absoluta. Eu não compreendo avanço de um país quando a miséria aumenta”, afirma o deputado.

Gualberto também indaga e responde: “a economia cresceu para servir a quem? Para trazer qual efeito social? A inflação é mais clara ainda. Eu não sou economista de formação, mas sou operário, há muitos anos, sabendo o que é economia popular. A inflação varia em duas situações muitos conhecidas de qualquer cidadão: pode aumentar porque houve problemas na produção e pode diminuir, exatamente, pela razão de não ter o consumidor. Um país onde 20 milhões de pessoas não estão tendo como comprar comida, como a inflação vai cair? Significa dizer que a inflação é anunciada muito pequena porque a miséria é muito grande. A quem interessa?”

O deputado criticou a Rede Globo de Televisão por, segundo ele, ter criado uma nomenclatura para o termo desempregado, ao fazer reportagens tentando persuadir que o número de trabalhadores “por conta própria” cresceu. E citou ainda um cena que ele mesmo testemunhou nas ruas de Aracaju, que, acredita, ilustrar a falta de consciência do próprio brasileiro.

“Tinha um cidadão vendendo água com dois papelões tipo um colete. Nas costas do cidadão estava escrito: ‘não sou desempregado. Sou empreendedor’. Você acha que esse cidadão pode analisar o que é bom e o que é ruim para ele?”, indagou. “As análises, às vezes, colocam uma dúvida na nossa capacidade de analisar. O que eu estou dizendo é científico.”

 

Modificado em 13/11/2019 07:34

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