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Moro e Dallgnol precisam ser afastados e investigados, avalia Iran Barbosa

“Esse é o maior escândalo desde a reinstalação da democracia do país”, assegura

Por Luiz Sérgio Teles

O deputado estadual Iran Barbosa (PT) defendeu, nesta quarta-feira, dia 12, que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Deltan Dallgnol, sejam afastados dos seus cargos, como também sejam alvos de uma investigação mais profunda em relação às conversas vazadas entre os dois, via Telegram, divulgadas no site The Intercept.

“Esse é o maior escândalo desde a reinstalação da democracia do país, isso porque envolvem poderes e órgãos que devem garantir o Estado Democrático de Direito. Exige-se seriedade no tratamento. Não está em jogo apenas a condenação injusta de um cidadão, mas o funcionamento dos altos órgãos e da garantia do Estado Democrático de Direto no Brasil. Estamos diante de algo muito grave”, refletiu.

Segundo Iran, a Constituição prevê que o juiz não pode operar como aconselhador do acusador do processo, o que, para ele, aconteceu, criando um conluio e a total distorção dos papéis que devem se preservados no Estado Democrático de Direito para as partes que compõem o processo.

“Ainda que Lula fosse ladrão, ele e todos nós temos o direito de ter o devido processo legal e está provado que não houve. Para que haja investigação Sérgio Moro não deve continuar como Ministro da Justiça. O mínimo que tem que ser feito, para que a investigação seja isenta, é ele ser afastado. O mesmo deve acontecer com Deltan Dallagnol. Temos que preservar as instituições republicanas. O Ministério Público Federal tem muita gente séria que faz o seu trabalho comprometido com a Justiça”, disse.

Georgeo Passos 

Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania) concordou que o Estado Democrático de Direito deve ser preservado, entretanto lembrou que a suspeição, tanto de Sérgio Moro quanto de Dellagnol, já foi objeto de questionamento judicial pela própria defesa do ex-presidente Lula, mas não obtiveram êxito.

”Se realmente aconteceu o que foi demonstrado, envolvendo um juiz de primeiro grau com um acusador público, depois daquele ponto em várias oportunidades os advogados recorreram de várias decisões. Se falarmos em conluio teríamos então algo muito maior por trás disso envolvendo tribunais regionais e superior. Vamos ficar numa situação delicada.”, disse.

Modificado em 12/06/2019 17:01

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