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Militância debate os rumos e desafios do PT com senador Lindbergh Farias

Militantes de todas as tendências do Partido dos Trabalhadores participaram de uma plenária, na noite dessa quinta-feira, dia 30, com a presença do senador Lindbergh Farias (PT/RJ), para debater os rumos e desafios do partido diante do atual cenário político nacional. O senador é candidato à presidência nacional do partido e esteve em Aracaju a convite do deputado federal João Daniel. Pela tarde, Lindbergh participou de audiência pública na Assembleia Legislativa, para debater a reforma da Previdência, em ato organizado pelo mandato da deputada Ana Lúcia.

O deputado João Daniel agradeceu ao senador por ter aceitado o convite para fazer esse debate nesse momento em que o partido define o seu rumo e ressaltou a importância de o PT estar unido e forte e declarou apoio à candidatura de Lindberg à presidência nacional. “Estamos ajudando a construir um grande movimento, um grande partido que seja um partido para este momento histórico no Brasil, sintonizado às ruas, às mobilizações e ao projeto de desenvolvimento nacional e de defesa da candidatura de Lula à Presidência da República”, afirmou.

Na oportunidade, o senador Lindberg Farias fez uma análise da atual conjuntura do país nesse período pós-golpe e apontou, na sua avaliação, os rumos que o partido deve tomar. Para ele, ninguém quer um PT acomodado, burocratizado, mas com enfrentamento e que esteja à altura do que o momento requer. “Temos que construir um novo programa que vá além, que fale da tributação das grandes fortunas, que mexa nesse sistema da dívida pública, que trate da democratização da mídia. Queremos um programa que tenha muito a ver com o que a gente fez no passado, mas que seja um programa mais arrojado, que tenha a ver com os desafios desse momento”, afirmou.

O senador acrescentou que é fundamental o partido também entender que a luta parlamentar é importante, mas as lutas nas ruas são fundamentais. Ele também defende que o PT ouça mais a militância, que esteja mais conectado com a juventude, com o movimento LGBT, os movimentos sociais e mais próximo da luta do povo. O senador disse que o que mais admira na atuação do deputado João Daniel é que seu mandato está ligado diretamente aos movimentos sociais.

Ao falar da perseguição política que vive o partido e o ex-presidente Lula – mesmo sem nenhuma prova contra ele –, o senador Lindbergh ressaltou que o PT é o grande instrumento do povo trabalhador brasileiro. “E até por isso a gente vê esse massacre da mídia o tempo inteiro. Eles sabem que se fragilizarem o PT eles passam por cima do direito do trabalhador com tudo. Por isso o ataque. A questão da unidade é fundamental”, afirmou.

Sobre o porquê ter decidido ser candidato à presidência nacional do PT, Lindbergh Farias informou que está disposto fazer esse enfrentamento e dar uma sacudida no partido, para ouvir o momento pelo qual passa o país e promover as mudanças. “Coloquei meu nome porque às vezes acho que a gente está um pouco acomodado. A gente precisa de mais enfrentamento. Se o PT perde o vigor, quem perde é o povo trabalhador brasileiro”, disse, ao defender que o partido esteja com um pé na institucionalidade e um pé nas ruas, nos movimentos sociais. “É isso que eu defendo”.

Sobre a reforma da Previdência, o senador avalia que a proposta apresentada é um ataque violento aos trabalhadores. Para ele, da forma como foi proposta, as pessoas não vão conseguir se aposentar. “Para ter aposentadoria integral o trabalhador terá que trabalhar 49 anos e todo mundo sabe que ninguém consegue trabalhar 49 anos de forma ininterrupta”, disse, destacando ainda outros pontos negativos como a desvinculação do salário mínimo com o Benefício de Prestação Continuada para pessoas idosas e com deficiência e as mudanças na aposentadoria rural. “É um pacote de maldades muito grande. E eu vim aqui ajudar na mobilização. É preciso a população sergipana mobilizar seus deputados federais para que votem contra isso”, disse.

Foto: Márcio Garcez

Modificado em 01/04/2017 09:43

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