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Médico alerta para os cuidados com a meningite

Aurélio> dicas importantes

Considerada uma doença endêmica, ou seja, que pode ocorrer em qualquer época do ano, a meningite consiste na inflamação das meninges que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Transmitida por bactérias, vírus ou fungos, a meningite, se não tratada ou a depender do tipo, pode levar à morte. Saiba mais sobre a doença, os sintomas, prevenção e tratamento, através dos esclarecimentos do médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio Góes.

ASCOM SE – Quais os principais sintomas da meningite?

Marco Aurélio Góes – De forma geral, a meningite causa febre, dor de cabeça, alteração na consciência, dificuldade de flexionar o pescoço, mal estar acompanhado de vômitos em forma de ‘jatos’, e, nos casos mais graves, podem aparecer até manchas escuras pelo corpo. Já nos bebês, é comum certa irritabilidade, recusa em se alimentar, choro muito agudo e, em alguns casos, alterações na curvatura da moleira.

ASCOM SE – Quais os tipos de meningite?

MAG – Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Por isso, depois de confirmada a doença, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, assim como acontecem com outras viroses. Já as meningites bacterianas devem ser tratadas imediatamente. Os principais tipos são causados pelas bactérias meningococicas, pneumococicas e hemófilas, sendo a meningocócica tipo C a com maior incidência no país e responsável pela maioria dos surtos notificados desde 2006. É uma doença grave e contagiosa.

ASCOM SE – E quanto às formas de prevenção e tratamento, onde buscar ajuda?

MAG – A melhor forma de se prevenir é tomar as vacinas ainda na infância, detectar a doença de forma precoce e fazer o bloqueio do caso com o uso de antibióticos. Por isso, é importante a pessoa procurar ajuda na Unidade Básica de Saúde mais próxima da casa, assim que sentir qualquer um dos sintomas. Pelo fato da doença ser transmitida via oral, é importante sempre lavar as mãos, usar um lenço ao espirrar, não ficar em locais cheios e fechados, e sempre deixar a casa bem arejada. Hoje, o calendário nacional de vacinação já oferece três tipos de doses para a meningite: a tetravalente (contra a bactéria Haemophilus influenzae), a pneumocócica 10 conjugada (para meningites bacterianas pneumocócicas) e a meningocócica C conjugada (para meningite do tipo C). Todas são dadas gratuitamente, em três doses, para bebês a partir dos dois meses de idade.

ASCOM SE – O tratamento da doença é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)?

MAG – Sim, todo o tratamento é disponibilizado pelo SUS em Sergipe. Assim que confirmada a doença, o paciente precisa ficar internado já que a meningite pode evoluir muito rapidamente e é preciso combatê-la com antibióticos. É importante destacar que os amigos e familiares que tiveram contatos íntimos com o paciente também precisam tomar os medicamentos para neutralizar o vírus/bactéria. Aqui no Estado, o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) é referência na identificação dos casos, o que não significa dizer que só lá é possível ficar internado. Em qualquer unidade hospitalar que possua os antibióticos venosos, o paciente pode ficar internado, recebendo todo o acompanhamento.

ASCOM SES – Existe algum surto em Sergipe?

MAG – Até o momento, a SES registrou em Sergipe 10 casos com três mortes. Em 2012, tivemos 72 casos com 17 óbitos, quando passamos por um surto controlado de meningite entre o final do mês de janeiro e começo de fevereiro, com 11 casos de meningite nos municípios de Aracaju, Areia Branca e São Cristóvão.

 

Enviado pela Ascom da Saúde do Governo do Estado