body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Maria considera drásticos os indicadores sociais sobre gênero em Sergipe

“Quando se trata de questões de gênero, a realidade de Sergipe em relação à mulher, está muito aquém da ideal. Aliás, eu diria que é drástica”. É o que pensa a senadora Maria do Carmo Alves (DEM), ao analisar as informações contidas na segunda edição do estatístico de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, com dados para Sergipe realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados, na última quinta-feira, dia 4.

De acordo com o estudo, mulheres com 14 anos ou mais dedicam pouco mais de 22 horas semanais ao cuidado de pessoas e afazeres domésticos. No mesmo período, a dedicação dos homens é de 10h1. Essa diferença é a segunda maior do país. O mesmo parâmetro serve, também, para mulheres que estão ocupadas.

Os números mostram que em 2019, a taxa de desocupação geral em Sergipe era de 12,3% para os homens e 19,2% para as mulheres, sendo a terceira maior do país e a segunda maior no Nordeste. “Esse é apenas um viés que revela quão gritante é a desigualdade histórica entre homens e mulheres”, disse.

A mesma pesquisa mostra que as mulheres estão subrepresentadas em cargos de chefia e direção, mas administram muito mais responsabilidade. “Outro dado que merece destaque e revela grande disparidade entre os gêneros é que, embora as mulheres estudem mais, estejam tecnicamente preparadas e trabalhem mais horas, recebem menores salários, mesmo quando ocupam a mesma função que o homem”, salientou. Segundo o IBGE, em 2019, entre os 20% dos trabalhadores com os maiores salários, as mulheres eram 22,3% e os homens, 77,3%.

Para a senadora, a diferença de gênero, também, foi trazida à luz nesse processo pandêmico vivido pelo Brasil por conta da Covid-19. Ela contou que antes, as mulheres que tinham dupla ou tripla jornadas de trabalho, nem sempre contando com a ajuda de terceiros, tiveram que ficar home office, muitas vezes sem as devidas condições. “Neste trabalho em casa, naturalmente, o volume de serviços aumenta, pois elas estão no ambiente familiar entre filhos, esposos e muitos afazeres domésticos”, disse Maria.

Na outra ponta, falou a senadora, estão as desempregadas que são obrigadas a se exporem, às vezes, usando transporte público, sem qualquer distanciamento, em busca de emprego ou de algo que lhe garanta a sobrevivência “Acrescente-se a isso, a violência doméstica à qual ficaram muito mais exposta, uma vez que precisam ficar mais tempo dividindo o mesmo ambiente com agressores e abusadores”, finalizou a democrata.

Universo Político: